Celebrando o ano da Infância e Adolescência Missionária (IAM) no Brasil, neste mês de setembro estamos propondo o trabalho com reciclagem que atualmente é um dos temas mais discutidos na sociedade brasileira. Envolvendo desde pneus até embalagens, o assunto tem mobilizado o governo e a sociedade civil em apaixonados debates, abordando os mais diferentes ângulos da questão, com vistas ao estabelecimento de uma política nacional de resíduos sólidos.
Consciência
Para que um programa nacional de reciclagem funcione de verdade, não basta apenas a legislação. Estamos cansados de ver leis que não conseguem sair do papel por não se criarem condições reais para sua execução. É preciso que os agentes responsáveis por sua execução tenham diretrizes claras e objetivas e os meios para agir de forma efetiva, do contrário vamos ficar apenas no discurso vazio e perderemosa oportunidade de viabilizar, em escala nacional, uma atividade que tantos benefícios proporciona ao pais e aos brasileiros e a qual todos os principais agentes são amplamente favoráveis.
Temos certeza de que a sociedade brasileira acolhe com simpatia e entusiasmo a reciclagem e deseja participar dela. 0 poder publico so tem a ganhar com a coleta seletiva, que vai fazer com que 0 manejo do lixo, que hoje representa custos elevados para as municipalidades, passe a se constituir numa fonte de receita para as prefeituras, e, finalmente, a indústria para a qual converge o produto da reciclagem tem calculos muito precisos do valor dessa atividade para seu negócio e sabe que so tem a ganhar com isso.
A reciclagem é uma atividade econômica que, para funcionar, exige um sistema de coleta e loglstica reversa com empreendimentos organizados e complementares, com estruturas industriais complexas com grandes investimentos e organização operacional. Tudo isso jaáesta sendo feito e funcionando no país, graças a uma série de iniciativas da sociedade civil, de algumas prefeituras e da indústria de embalagem. A reciclagem no Brasil hoje é uma realidade e existem segmentos como o da lata de alumínio, cujos níveis de coleta estão acima da média mundial; outros, como o do papelão, já superaram os 75% de reciclagem e o do PET, do qual somos 0 segundo maior reciclador mundial.
Sabemos que, no futuro, haverá mais habitantes na Terra; as pessoas viverão mais, consumirão mais e morarão em grandes cidades distantes do campo e da produção de alimentos. Esse cenário indica claramente que a embalagem terá uma participação cada vez maior na sociedade do seculo XXI e sua reciclagem será a solução para não só reduzir seu impacto ambiental, mas tambem para gerar empregos de que essas pessoas tanto necessitarão. A nossa Igreja não pode ficar de fora. Que tal comeãrmos isso em nossos grupos de Infância e Adolescência Missionária?
Pe. André Luiz de Negreiros
Secretário Nacional da IAM
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