Uma grande representação do Rosário, com cada dezena indicando um continente, entremeadas por totens de imagens marianas, e tendo ao centro um coração de onde saíam tecidos nas cores verde, vermelha, branca, azul e amarela, em sinal da oração de toda a Igreja pelas missões e os missionários em todo o mundo.
Foi assim que a Infância e Adolescência Missionária (IAM) presente na Arquidiocese de São Paulo ornamentou a frente do presbitério da Catedral da Sé, na manhã do sábado, 7 de outubro, na memória de Nossa Senhora do Rosário, para a récita do Terço Missionário.
“O Terço teve intenções próprias para a missão, lembrando os cinco continentes e também o tema do Congresso Missionário Nacional, que acontecerá em novembro”, explicou à reportagem a Irmã Elisabeth Miguel Espinhara, das Missionárias de Maria Xaverianas, responsável pela IAM na Arquidiocese.
O momento de oração e a missa às 12h, presidida por Dom Rogério Augusto das Neves, Bispo Auxiliar da Arquidiocese na Região Sé e Referencial para o Conselho Missionário Arquidiocesano (Comiar), marcaram a abertura arquidiocesana do Mês das Missões.
Em 2023, a Campanha Missionária teve como tema “Ide! Da Igreja local aos confins do mundo”, com a inspiração bíblica “Corações ardentes, pés a caminho” (cf. Lc 24,13-35), temática escolhida pelo Papa Francisco para o Dia Mundial das Missões, celebrado em 22 de outubro, quando houve a Coleta Missionária, com vistas a ajudar concretamente os projetos missionários da Igreja em todos os continentes.
Na homilia, Dom Rogério destacou que o envio é um aspecto essencial de toda a missão: “A Igreja não enviou a si mesma, ela foi enviada. E a missão não é concebida pelo próprio missionário, ele vai para onde for enviado”.
O Bispo lembrou que a Virgem Maria foi a primeira missionária da Igreja, com o seu sim a Deus para ser a mãe de Jesus e a abertura à ação do Espírito Santo, que é quem a todo o tempo sustenta a missão da Igreja.
“Somente por forças humanas, a Igreja não estaria há mais de 2 mil anos mantendo a sua missão, inclusive até os confins da terra”, enfatizou o Bispo, destacando que todo o cristão deve ter uma alma missionária, cheia do Espírito Santo. “Se essa alma, esse ânimo missionário, ainda não nos atingiu ou ainda não conseguimos perceber isso, é porque talvez não tenhamos colocado toda a nossa liberdade a serviço de Deus”, complementou.
Por fim, o Bispo observou que o ardor missionário não surge necessariamente da organização da Igreja para as missões, mas “brota do amor incondicional a Jesus Cristo. A experiência maravilhosa com Ele não nos permite guardar para nós aquilo que experimentamos”.
FONTE: Arquidiocese de São Paulo
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