O encontro anual do Conselho Missionário Nacional (Comina), realizado no fim de semana, dias 11 a 13, na sede das Pontifícias Obras Missionárias (POM), em Brasília, concentrou a sua atenção na preparação do 3º Congresso Missionário Nacional (CMN). Mas, na tarde, do sábado, 12, o diretor das POM, padre Camilo Pauletti, falou sobre a preparação de outro evento, o 4º Congresso Missionário Americano - Cam4 e o 9º Congresso Missionário Latino-Americano (Comla 9), cuja data foi remarcada para os dias 26 de novembro a 1º de dezembro de 2013, em Maracaíbo na Venezuela. O 3º CMN a realizar-se em Palmas (TO), servirá como preparação da Igreja no Brasil para o Cam4 - Comla 9.
O diretor das POM apresentou a estrutura e uma programação do 3º Congresso Missionário Nacional, proposta da Equipe Executiva do Comina. O objetivo geral é "Assumir a dimensão universal da missão, guiados pelo Espírito, a serviço do reino, à luz do Concílio Vaticano II e da caminhada Latino-americana em vista do Cam4 - Comla 9”, disse.
Na discussão sobre o tema do 3º CMN foram feitos alguns ajustes para sintonizar com o mesmo tema do 4º Congresso Missionário Americano da Venezuela. No final das intervenções o tema ficou assim definido: "Discipulado missionário: do Brasil para um Mundo secularizado e pluricultural, à luz do Vaticano II".
O 3º CMN pretende reunir, em Palmas (TO), cerca de 600 pessoas representantes dos Regionais e organismos missionários. O presidente do Comina e da Comissão para a Ação Missionária da CNBB, dom Sérgio Braschi, lembrou que os participantes devem ser pessoas que estejam engajadas nas atividades missionárias nos regionais e dioceses. Cada regional terá uma cota de vagas seguindo alguns critérios determinados pela organização.
Em seguida, o secretário executivo do Comina e assessor nacional da Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial da CNBB, padre Altevir da Silva, partilhou a sua participação no I Simpósio Internacional de Missiologia, realizado em Caracas, Venezuela, em janeiro de 2011. O Simpósio teve como tema "Secularização, no presente e futuro, desafio para a Missão". Todos esses eventos estão interconectados na reflexão missiológica do Continente.
Eden Magalhães, missionário do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), relatou as dificuldades impostas pelos impactos dos grandes projetos na Amazônia, inclusive os financiados pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Os movimentos populares e indígenas estão enfrentando dificuldades de se articularem. As comunidades recorrem à Igreja em busca de apoio. Para tal, foi realizado um Seminário com a participação de 700 pessoas que acabou por estabelecer uma aliança entre indígenas e pescadores. Como resultado decidiu-se ocupar o canteiro de obras na construção da Hidrelétrica de Belo Monte, a 50 quilômetros de Altamira (PA). Após uma ordem judicial o movimento resolveu desocupar o local, mas deixou claro que outras ações virão. Segundo Eden, "o movimento se fortaleceu e mesmo contra um gigante há ainda possibilidade de resistir", concluiu o missionário do Cimi. Padre Altevir reforçou a necessidade de acompanhar e apoiar essas ações como a dimensão profética da Missão.
FONTE: POM com Revista Missões
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