O Painel Saneamento Brasil, divulgado pelo Instituto Trata Brasil, mostra uma população abandonada. De acordo com os dados, 100 milhões de brasileiros não têm coleta de esgoto e apenas 44,92% dos esgotos do país são tratados. Além disso, 35 milhões de brasileiros não têm acesso à água tratada.
Moradores que vivem em regiões sem saneamento básico ganham salários menores do que a população que possui acesso a água, coleta e tratamento de esgoto. Eles também são os mais propensos a ter doenças comuns em áreas onde a infraestrutura é inexistente ou precária.
O estudo coletou dados sobre saneamento básico e seus impactos socioeconômicos nas 254 maiores cidades do país. Como sempre, a população mais pobre e vulnerável sofre mais com a falta de saneamento.
Quem mora em áreas com abastecimento de água, coleta e tratamento de esgoto ganha, em média, um salário 85% maior do que quem mora em locais sem esses serviços.
A falta de saneamento causa graves doenças, como diarreias, verminoses, hepatite A, leptospirose e esquistossomose. Por conta dessas doenças, foi gasto cerca de R$ 1,1 bilhão com internações entre 2010 e 2017 (R$ 140 milhões por ano).
FONTE: Observatório do 3º Setor
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