O trabalho infantil no Brasil é realidade para 2,4 milhões de crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos, segundo algumas estimativas. No país, a velha ideia de que “É melhor trabalhar do que roubar” já roubou a infância de milhões de brasileiros.
A Organização Internacional do Trabalho (OIT) define como trabalho infantil aquele que priva as crianças de sua infância, seu potencial e sua dignidade. É também a forma de trabalho prejudicial ao desenvolvimento físico e mental das crianças, aquela que as priva de oportunidades como frequentar a escola.
É triste a realidade destas crianças que são de famílias que vivem na pobreza ou extrema pobreza. 49,83% destas famílias têm rendimento mensal per capita menor do que meio salário mínimo.
As crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil estão em atividades como agricultura, pecuária, comércio, nos domicílios, nas ruas e na construção civil.
Em 2016, 76,3% do grupo de crianças e adolescentes de 5 a 17 anos vítimas de trabalho infantil trabalhavam em atividades não agrícolas, sendo que os 23,7% restantes estavam em atividades agrícolas.
Segundo dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) do Ministério da Saúde, o Brasil registrou, entre 2007 e 2018, 43.777 acidentes de trabalho com crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos. No mesmo período, 261 crianças perderam a vida trabalhando.
As regiões Nordeste e Sudeste registram as maiores taxas de trabalho infantil, 33% e 28,8%, respectivamente, dos 2,4 milhões de meninas e meninos trabalhando.
Nessas regiões, em termos absolutos, os estados de São Paulo (314 mil), Minas Gerais (298 mil), Bahia (252 mil) e Maranhão (147 mil) ocupam os primeiros lugares no ranking. Nas outras regiões, ganham destaque os estados do Pará (193 mil), Paraná (144 mil) e Rio Grande do Sul (151 mil).
Fonte: Agência Brasil
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