Momento mais grave da pandemia pede cuidados redobrados


Na sexta-feira da semana que vem (12), completa um ano da primeira morte de covid-19 no Brasil. Na quarta-feira seguinte (17), completaremos 12 meses desde que as primeiras medidas de distanciamento social foram adotadas por estados e municípios. Há tanto tempo convivendo com o vírus e com a nova realidade imposta por ele, era-se de imaginar que a essa altura já estaríamos adaptados e os números de casos e mortes seriam proporcionalmente menores do que em maio de 2020, considerado o pico da pandemia no país. Especialmente agora que já temos vacina, que pouco a pouco começa a ser distribuída no país.

Recorde de mortes
Pelo contrário. Nesta semana, com o vírus em transmissão comunitária no país há mais de um ano, batemos o recorde de mortes diárias por covid-19 em três dias consecutivos: 1.726, 1.840 e 1.910 óbitos, o que corresponde a um. Isso em um momento em que o Brasil já soma quase 11 milhões de casos e 260 mil mortes.

A crise sanitária se mostra nos altos índices de ocupação das UTIs do Brasil: apenas o estado de Sergipe encontra-se na fase verde (com menos de 70%); São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Alagoas, Paraíba e Amapá na fase laranja (entre 70% e 80% de ocupação); e todos os demais estados do país estão na fase vermelha (acima de 80%).

Ou seja, definitivamente não estamos fazendo a nossa parte na contenção do Coronavírus. Além da nova cepa do Amazonas, mais letal e de contágio mais rápido, que já circula por todo o país, essa situação também é reflexo direto das aglomerações que vêm sendo promovidas desde o afrouxamento das medidas restritivas, incluindo festas clandestinas e as comemorações de fim de ano, da falta de uso de máscara e da negligência com a higiene preventiva por uma grande parcela da população.


Todo cuidado é pouco
A essa altura, quando tantas famílias já perderam seus entes queridos sem a chance de se despedirem em um velório e um enterro apropriados, quando hospitais, por falta de espaço, recorrem a contêineres para armazenar corpos, ainda não entendemos que toda exceção apresenta uma dose de riscos. São cada vez mais comuns histórias de gente que deu “só uma passadinha”, por exemplo, na casa dos pais, e com isso acabou levando o vírus para a casa da família, uma vez que um dos maiores desafios é diagnosticar a doença, que em muitos casos não provoca sintomas.

Independentemente das medidas de restrição adotadas no seu estado ou município, é preciso que cada um se conscientize do quanto está em jogo e de como cada um pode fazer sua parte para ajudar a conter a doença. Só saia de casa quando for realmente necessário, para comprar comida ou remédio. Quanto antes aderirmos a essas restrições, mais cedo poderemos voltar a encontrar aqueles de que sentimos tanta falta. Também é preciso prestar atenção nas máscaras (quanto mais filtro e mais vedação, melhor) e na higienização das mãos, o que deve ocorrer toda vez em que se toca alguma superfície que pode ter sido ou poderá vir a ser tocada por outra pessoa.

Mais de 7 milhões de brasileiros (cerca de 3,36% da população) já receberam a primeira dose da vacina e, até atingirmos a marca de 70%, estimada como suficiente para adquirirmos imunidade de rebanho, precisamos nos ater a cada cuidado para poupar nós próprios e o próximo.

Pois, se tem uma coisa que a pandemia provou, foi que ninguém está sozinho. E juntos é o único jeito que sairemos dessa.

FONTE: Aleteia

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