Refugiados da Somália em um campo na Etiópia (AFP, Roberto Schmidt) |
Pelo menos 500 mil crianças desnutridas correm risco nas áreas do Chifre da África atingidas pela seca. "Esta emergência irá piorar nos próximos seis meses", disse a Diretora Executiva do UNICEF numa recente conferência em Nairóbi, após uma visita no noroeste de Turkana e Dadaab, onde vivem milhares de somalis deslocados.
Devido à falta de ingestão de proteínas, as crianças gravemente desnutridas apresentam sintomas como inchaço nas pernas e no rosto. A desnutrição é distinta em aguda ou global aguda. Quando um valor da GAM supera 10% é emergência. Na região de Turkana da taxa global de desnutrição aguda (GAM) é de 37%.
Por causa da seca em todo o Chifre da África, pelo menos, 10,7 milhões de pessoas em Djibuti, Etiópia, Quênia e Somália precisam urgentemente de ajuda humanitária. Na Somália, milhares de pessoas estão deixando o país, cerca de 3.200 mudam a cada dia para o Quênia e Etiópia. Os atentes humanitários acolhe receberam uma declaração recente do grupo de oposição islâmico, Al-Shabab, que permite o acesso de ajuda humanitária para as regiões central-sul.
Pela primeira vez em mais de dois anos, em 13 de julho, o UNICEF transportou de avião suprimentos de emergência e água para Baidoa, no sul da Somália. Em Mogadíscio os médicos junto com a African Union peacekeeping Mission in Somalia (AMISOM) comprometeram-se a conter um surto de sarampo que se espalhou pelo acampamento para deslocados por causa da seca. A partir de junho chegaram a capital da Somália cerca de 9,300 pessoas, obrigadas a deixar suas casas nas regiões central e do sul. A seca afetou seriamente as comunidades agrícolas das áreas semi-áridas da Etiópia, Quênia e de forma mais grave, a Somália.
FONTE: Agência Fides - 19/07/2011
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