Mais de 215 milhões de crianças trabalham em todo o mundo, a metade explorada e utilizada em situações de risco



São cerca 215 milhões os menores trabalhadores em todo o mundo. Desses, 115 milhões são submetidos e explorados em trabalhos perigosos, sem qualquer medida de segurança. É o que emerge do relatório que acaba de ser apresentado pela Organização Internacional do Trabalho (IOT), a agência das Nações Unidas que se ocupa em promover o trabalho, a segurança e a dignidade humana para todos, por ocasião do Dia Mundial contra o Trabalho Infantil que, desde 2002, se celebra a cada ano em 12 de junho.

Em cerca de 60 países de todo o mundo, foram organizados centenas de eventos para a celebração deste Dia. O fenômeno, particularmente grave na Ásia e nas regiões do Pacífico, onde se contam 113.6 milhões de crianças trabalhadoras, e na África, onde se registram pelo menos outros 65 milhões, não diz respeito somente a esses países menos industrializados, mas também a todos os outros. Na Itália, por exemplo, 500 mil menores pertencentes às famílias mais indigentes são obrigados a trabalhar. Na América Latina, são de 5 a 14 milhões. Cerca de 72 milhões de menores de todo o mundo não frequentam a escola, mais de 1.2 milhões são colombianos e a metade trabalha pelas ruas.

Venda de menores, formas de abuso, trabalhos forçados, escravidão sexual, crianças-soldado, ou usadas no tráfico de drogas, são somente algumas das piores formas de exploração de centenas de milhares de crianças que são privadas de toda forma de instrução e saúde, além de sua própria dignidade de crianças. As estatísticas do Programa Internacional para a Eliminação do Trabalho Infantil da OIT (IPEC) são baseadas em dados reunidos em 34 países em todo o mundo. A finalidade da organização das Nações Unidas é promover o acesso às escolas para romper o ciclo de pobreza infantil e desarraigar as piores formas até 2016.

FONTE: Agência Fides - 11/06/2012

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