ÁFRICA/MALAVI – Emergência maternidade: em 100 mil partos, 460 mulheres morrem


Ser mulher no Malavi não é simples. O país continua a ocupar um dos últimos lugares no que diz respeito ao desenvolvimento. Às mulheres cabem as incumbências cotidianas mais difíceis, além das tarefas de casa e dos filhos. Tornam-se mães muito cedo, abandonando os estudos; a maior parte se casa muito jovem e têm em média 6 filhos.

Devido à carência e à precariedade de estruturas hospitalares, muitas são obrigadas a ter seus filhos em casa, sozinhas ou com ajuda não-qualificada. O índice de mortalidade materna é de 460 para cada 100 mil partos.

Não obstante os problemas e dificuldades, a vida prossegue e todos os dias, as mães vão ao hospital em busca de assistência. Atualmente, com a colaboração da ONG católica Manos Unidas, está sendo construída uma nova divisão de maternidade com sala operatória, com a finalidade de incrementar o número de mulheres assistidas por pessoal preparado, limitando riscos para as gestantes e nascituros. No ano pas sado, no hospital de Mtendere, foram efetuados quase mil partos; todavia, a carência de sala cirúrgica para realizar cesarianas obriga muitas mulheres a serem transferidas ao hospital de Dedza onde, muitas vezes faltam medicamentos ou pessoal qualificado, outras vezes, as gestantes são transferidas para Lilongwe, distante 80 km, onde frequentemente chegam quando é já tarde demais. A nova divisão de maternidade oferecerá assistência de saúde pré-natal, pós-natal e serviços de saúde, com sala cirúrgica e sala parto.

FONTE: Agência Fides - 11/01/2014

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