Os interesses petrolíferos e a política da região, em vigor desde a época colonial, geraram grande divisão e ódio entre a população sudanesa. Numa interminável espiral de violência e com milhares de deslocados que morrem de fome ou que caminham sem rumo pelas ruas empoeiradas da cidade, são muitos os menores que são recrutados para combater contra os próprios irmãos. Muitos deles abandonam a escola com o desejo de vingar a morte dos pais.
Ódio e vingança animam esses pequenos que empunham pesadas armas de fogo. O conflito se estendeu da capital, Juba, rumo aos estados petrolíferos. Todavia, infelizmente, além de ser causada por interesses econômicos, a guerra tem também uma dimensão étnica, já que se transformou numa batalha entre a comunidade do presidente Salva Kiir, Dinka e Nuer, a militar do vice-presidente Machar. O sentimento de vingança continua a perpetuar o conflito armado que já causou a morte de milhares e a fuga de um milhão de pessoas.
FONTE: Agência Fides - 30/04/2014
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