4° Congresso Missionário é concluído com missa de envio


Na manhã deste domingo, 10, o 4° Congresso Missionário Nacional, sediado pela Arquidiocese de Olinda e Recife, no colégio das Damas, Recife, abordou em seu último dia, a temática “Comprometer”. A programação teve início com a oração de acolhida, seguida pela apresentação da síntese da equipe metodológica, organizada pelo padre Estévão Raschietti. Houve espaço para interação com a “fila do povo”, onde cinco participantes expressaram suas impressões sobre compromisso com a missão.

A missionária Evanilda fez a leitura da Carta de Compromisso do Congresso, salientando os desafios enfrentados no cenário político atual exigem grande fé, união e discernimento do povo brasileiro. Os missionários, indígenas e pessoas assassinadas nos conflitos de terra na região Norte e Centro-Oeste do Brasil também foram lembrados na carta.


As considerações finais da sessão de encerramento do congresso foram realizadas pelo presidente do evento, dom Esmeraldo de Farias, bispo auxiliar de São Luís (MA) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial da CNBB. Ele pediu aos congressistas para que se esforcem para fazer chegar o Evangelho a todas as regiões na missão ad gentes. Também fizeram parte da mesa de autoridades o padre Maurício Jardim, diretor das Pontifícias Obras Missionárias, a irmã Maria Inês, presidente da Conferência dos Religiosos do Brasil, dom Fernando Saburido, arcebispo de Olinda e Recife e o secretário executivo do 4° Congresso Missionário, padre Josenildo Tavares, coordenador das Pastorais da Arquidiocese de Olinda e Recife. Dom Fernando Saburido recebeu de dom Esmeraldo um terço confeccionado com sementes de açaí, fruta típica do Pará.

Dentre os congressistas participantes, Claudeluci Monteiro, missionária do Conselho Indigenista Missionário da arquidiocese de Belém do Pará e do Comire, expressou a sua preocupação com a atual situação no estado. “Vemos muito dinheiro ser investido para implantar na região o agronegócio e a mineração, suplantando as áreas indígenas. A sociedade civil não pode permitir que os territórios indígenas sejam reduzidos e a Amazônia seja loteada”, apela a missionária. Claudeluci fala com a experiência de quem já conviveu estreitamente com os indígenas e desenvolveu um profundo respeito com os povos originários. Ela morou por três anos no Amapá, junto aos indígenas daquele estado e mensalmente têm contato com lideranças indígenas do Pará, visita aldeias em missões regulares. Segundo ela, estes povos são muito frágeis, têm uma íntima ligação com as matas, com a natureza e a vida e cultura deles depende do equilíbrio do meio ambiente.


A Missa de Envio marcou o encerramento do 4° Congresso Missionário Nacional. Presidida pelo arcebispo metropolitano, a Santa Missa foi concelebrada por treze bispos e arcebispos e contou com a presença de dezenas de sacerdotes de várias dioceses e arquidioceses brasileiras, além dos missionários congressistas presentes.

Em sua homilia, dom Fernando Saburido lembrou que o momento vivido pelo Brasil é delicado, um cenário político e econômico instável, que exige do povo brasileiro união e oração em comunidade. “Acreditemos na força do amor, que transforma e renova”, concluiu dom Fernando.

O ofertório apresentado por missionários do Regional Nordeste 5 (Maranhão) trouxe em cestos os frutos da terra: cocos babaçu, tucum, terra do Maranhão e águas dos rios maranhenses. Nas intenções da missa, foram lembradas as almas do casal de Mato Grosso, assassinado semana passada, Terezinha Pedrosa e Aloísio Lara, liderança de produtores rurais e causas agrárias na cidade de Nossa Senhora do Livramento, próxima a Cuiabá. Antes da bênção final da missa, dom Esmeraldo de Farias leu a oração de envio e pediu a assembleia para que todos rezassem juntos.



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