O monstro silencioso da fome contribui de modo determinante para cerca da metade dos 5,4 milhões de mortes de menores de 5 anos registradas por ano em nosso planeta por causa de doenças facilmente curáveis e evitáveis.
A Save the Children destaca 3 causas que considera as principais para a desnutrição infantil: os conflitos armados, os desastres naturais e a pobreza.
Conflitos armados – Em regiões como o Iêmen, a Síria e a República Democrática do Congo, mais de meio milhão de crianças com menos de 5 anos podem morrer desnutridas até o final deste ano se não receberem assistência humanitária urgente.
Desastres naturais – Um exemplo mencionado pela Save the Children em seu relatório é a seca prolongada que deixou 700.000 crianças gravemente desnutridas no assim chamado Chifre da África, região do nordeste do continente. Centenas de notícias com exemplos semelhantes podem ser facilmente encontradas em pesquisas simples na internet.
Pobreza – nos países mais pobres do mundo, cerca de 385 milhões de crianças vivem em condições de miséria, privadas de alimentação adequada, água, serviços de saúde e da frequência normal à escola. Mais de 90% das crianças afetadas pela desnutrição aguda vivem nos países de renda média ou baixa, mas inclusive nos países desenvolvidos há casos escandalosos de menores assassinados pela fome.
A Igreja contra a fome
A Igreja católica é reconhecida, inclusive por boa parte dos seus detratores, como uma das instituições que mais agem no planeta para combater a fome, particularmente entre as crianças.
Um dos exemplos mais conhecidos vem do Brasil: a Pastoral da Criança, fundada pela médica sanitarista católica Zilda Arns Neumann. As iniciativas dirigidas pela irmã do cardeal dom Paulo Evaristo Arns, falecida em 2010 durante o histórico terremoto que devastou o Haiti, foram responsáveis por uma redução drástica da mortalidade infantil em todas as áreas onde foram implantadas – usando com eficiência um mínimo de verba e recorrendo a meios muito simples, acessíveis e efetivos, como a multimistura e o soro caseiro.
Outros exemplos são a rede Cáritas e a Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN – Aid to the Church in Need), que prestam socorro a pessoas necessitadas em dezenas de países, muitos dos quais de maioria não-católica. Milhares de outras iniciativas são implantadas e mantidas por congregações católicas: as Missionárias da Caridade, da Madre Teresa de Calcutá, dispensam apresentações, mas são centenas as organizações católicas, tanto religiosas quanto leigas, que se empenham em todo o planeta para realizar a mais clamorosa das obras de misericórdia corporal: dar de comer a quem tem fome.
Você quer ajudar?
Informe-se sobre as iniciativas comprovadamente sérias em andamento na sua cidade, sejam católicas ou não.
Se não houver nenhuma, o que acha de implantar você mesmo a primeira? O primeiro passo é fácil: reúna três amigos e deixe as ideias começarem a fluir. Realizar algo concreto poderá ser bem mais simples do que parece.
Mas há algo muito mais elementar que, provavelmente, você ainda precisa fazer na sua casa: por favor, pare de desperdiçar comida no dia-a-dia.
5 crianças estão morrendo de fome, neste minuto, por falta dessas sobras.
FONTE: Aleteia - 24/10/2018
0 Comentários