Os meninos e as meninas são tão importantes para nós, assim como estão no coração de Jesus, o Filho de Deus! Ele nunca foi indiferente com ninguém e, sobretudo para com as crianças e os jovens.
Nesta edição, gostaríamos de falar exatamente sobre eles, os adolescentes, uma faixa etária que, na Obra da Santa Infância, parece não estar implicada, de maneira vidente, principalmente no nome, mas que agora na realidade está incluída e está presente. E gostaria de começar pelo nome, porque é o que lhe dá a identidade. A Obra nasceu em 1843 para envolver crianças na missão da Igreja e tomou como referência a Infância de Jesus. Para o povo judeu ao qual Jesus pertencia, a idade dos 12 anos era aquela que marcava a idade da infância. Este número 12 foi proposto pelo fundador, Mons. Charles de Forbin Janson, como referência para a composição dos grupos e não para a idade dos seus membros. De fato, desde o primeiro regulamento da Obra, parece que foram admitidas as crianças desde a tenra idade até à primeira comunhão.
Como toda a instituição, a Obra da Santa Infância evoluiu ao longo dos tempos e, consequentemente, houve algumas adaptações em relação às diferentes realidades eclesiais, sociais e culturais, a fim de apresentar propostas mais adequadas para o desenvolvimento da dimensão missionária nos mais jovens, mantendo o carisma original.
Este processo também é evidente no nome da Obra. Dos Anais da Pontifícia Obra da Santa Infância de 1983-1984, aparece que “nos países de língua francesa a Santa Infância adotou outro nome, chama-se já de Obra Pontifícia da Infância Missionária, mas o seu objetivo não muda: educacional e caritativo. Trata-se acima de tudo, de comunicar às crianças o espírito missionário, de despertar seu interesse pela Missão Universal e fazê-las participar dela”.
No final da década de 1990, os países latino-americanos começaram a considerar o crescimento e o progresso da Obra da Infância Missionária e também, para não perder o que foi semeado nas crianças, e prosseguir no seu caminho de formação, animação e cooperação missionária, começou-se também a falar da adolescência missionária. De fato, havia muita preocupação para com a pastoral missionária dos adolescentes, e assim teve início, organizando-se na Argentina, em 2002, o 1º Encontro Continental para a Infância e Adolescência Missionária.
Hoje, a Obra da Santa Infância propõe que todas as crianças e adolescentes do mundo sejam protagonistas da ação evangelizadora da Igreja através da oração, do testemunho de vida, do sacrifício e da contribuição material para o Fundo Universal de Solidariedade da própria Obra. Desta maneira, a proposta feita aos adolescente possibilita a criação de um vínculo entre a criança missionária e o jovem missionário, um fio condutor missionário que pode estar presente na vida de cada pessoa batizada e ajudá-la no caminho da santidade.
Neste sentido, encontrarás nesta edição uma nova seção “Rumo à santidade”, na qual narramos a vida de duas meninas, ambas elas membros da Obra da Santa Infância, que mesmo no momento do sofrimento continuavam apoiando com oração e oferta a atividade missionária.
Esperamos que esses dois testemunhos possam ser narrados a todas as crianças e jovens como um exemplo da missionariedade e de um caminho para a santidade.
Ir. Roberta Tremarelli, Secretária Geral da IAM
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