O carisma da IAM e a educação antirracista


Olá Garotada Missionária! A saudação “de todas as crianças e adolescentes do mundo, sempre amigos” nos lembra que, na nossa missão, acolhemos cada pessoa como nossa irmã e irmão, respeitando e celebrando a diversidade. 
Em novembro, mês em que celebramos o Dia da Consciência Negra, temos uma oportunidade especial de refletir sobre a importância da igualdade e da amizade entre todos os povos, fortalecendo o compromisso de combater o racismo e construir uma sociedade mais justa. Confira algumas dicas para trabalhar a educação antirracista em seu grupo de IAM!

1. Conheça e valorize as culturas afrodescendentes
Que tal no encontro de 'Realidade Missionária' promover com uma roda de conversa sobre a história e a cultura afro-brasileira? Incentive os participantes a conhecerem a riqueza da cultura africana e afro-brasileira, que estão presentes em nossa música, culinária, literatura e até na diversidade religiosa. Vocês podem pesquisar juntos sobre figuras negras importantes e que impactaram a história do Brasil e do mundo, como Zumbi dos Palmares, Dandara e Nelson Mandela, inspirando-se em seus legados de luta e coragem.


Conheça outras culturas através da música. A cantiga Olélé Moliba Makasi, por exemplo, é original do Congo, um país da África composto por vários rios, e que muitas pessoas utilizam canoas como meio de transporte. A cantiga é uma maneira de encorajar as pessoas a fazerem a travessia dos rios diante da correnteza.

2. Realize dinâmicas de respeito e igualdade
Proponha atividades que ajudem as crianças e adolescentes a refletirem sobre o valor da igualdade. Uma sugestão é a dinâmica "No Meu Lugar", onde cada participante escreve uma situação difícil que já viveu e como se sentiu. Depois, discutam como podemos entender as dificuldades dos outros, principalmente daquelas pessoas que enfrentam preconceitos. Essa reflexão ajuda a desenvolver a empatia, o respeito e a compreensão de que todas as pessoas merecem ser tratadas com dignidade e justiça.

Outra sugestão é a brincadeira "Terra e mar", popular entre as crianças em Moçambique. Para brincar, faça uma linha reta no chão definindo que um lado é a terra e o outro o mar. Quando as crianças ouvirem a palavra mar, devem pular no espaço definido para o mar. Quando ouvirem a palavra terra, devem pular no espaço definido para a terra. Ao longo da atividade, podem ser incrementados desafios como: pular com um pé só, ir engatinhando, agachar, pular de mãos dadas com um colega, entre outros.

3. Leiam juntos livros e assista a filmes com protagonistas negros
Histórias com protagonistas negros ajudam a entender a diversidade e a importância da representatividade. Escolham um livro ou filme em que a cultura afrodescendente é valorizada, e, depois, conversem sobre como esses personagens enfrentaram desafios e conquistaram seus sonhos. Isso nos ajuda a ver que, quando respeitamos todas as culturas, nossa sociedade se torna mais rica e justa para todos.

Confira a sugestão de alguns filmes:
  • Pantera Negra (classificação indicativa: 14 anos): Esse filme contribui com a valorização da cultura africana e promove reflexões sobre ancestralidade. Além disso, apresenta um elenco totalmente composto por artistas negros e negras, o que ressalta a necessidade da representatividade.
  • Estrelas Além do Tempo (classificação indicativa: 10 anos): Esse filme, baseado em fatos reais, retrata o protagonismo e as contribuições de mulheres negras na corrida espacial, e os desafios e preconceitos enfrentados por elas.

4. Conheça o vocabulário antirracista
Para combater o racismo é necessário reconhecer as desigualdades presentes na sociedade e responsabilizar-se pelas mudanças necessárias com o objetivo de uma convivência que valorize a dignidade de cada pessoa. Vocês conhecem a Lei Nº 7.716, a qual dispõe sobre os crimes de preconceito de raça e de cor? Infelizmente, cotidianamente, as pessoas podem reproduzir o racismo estrutural, através de expressões linguísticas. Que tal apresentar ao grupo da IAM o "Vocabulário Antirracista"?


5. Organize uma exposição
Com a ajuda dos assessores e de outras pastorais e movimentos da sua comunidade, organizem uma exposição com apresentações culturais, brincadeiras, oficinas, música sobre a herança afrodescendente. Através de pequenas atividades como essas, o grupo aprende sobre as contribuições da cultura afro-brasileira e reforça o respeito pela diversidade cultural, sempre com o espírito de amizade e de celebração.


6. Reflitam sobre a saudação: “De todas as crianças e adolescentes do mundo, sempre amigos”
Este mês é uma oportunidade para refletir e reforçar a nossa saudação e o seu significado também no combate ao racismo. Conversem sobre como vocês podem ser “sempre amigos” de todas as crianças e adolescentes, independentemente da cor da pele, origem ou cultura. Perguntem-se: como podemos ser mais inclusivos no nosso dia a dia? Como podemos ser amigos das crianças e adolescentes que sofrem com o preconceito?

Na IAM aprendemos a reconhecer o que é bom da vida e da cultura dos outros povos, respeitando-os e valorizando-os (7° Compromisso de Vida da IAM). O mês da Consciência Negra nos lembra que a luta contra o racismo é de todos e que, com a ajuda de Deus e de todos os amigos e amigas, podemos construir um mundo mais amoroso e acolhedor. Trabalhar a educação antirracista no nosso grupo da IAM é uma forma de tornar viva nossa saudação, sendo testemunhas de amizade e justiça, sempre! Vamos juntos fazer a diferença?

De todas as crianças e adolescentes do mundo, sempre amigos!

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