ÁSIA/INDONÉSIA - Apesar de não faltar alimentos, as crianças da área oriental continuam a morrer de desnutrição.


Não obstante a grande disponibilidade de alimentos em geral, a carência de pessoal de saúde preparado, de terapias e de promoção da saúde, tornam a província indonésia oriental de Nusa Tenggara Timur (NTT) uma das regiões mais inseguras do ponto de vista alimentar.

Nesta província rural, particularmente sujeita à penúria, com 4,5 milhões de pessoas em 50 ilhas, a renda média per capita é de 265 dólares anuais. Segundo a agência da FAO em Kupang, os alimentos não são o principal problema, pois são abundantes; mas é necessário instituir um índice de segurança alimentar que inclua a instrução feminina, o acesso à água potável, à saúde e à eletricidade; estradas praticáveis, acesso a serviços de saúde, tutela de desastres naturais, desflorestamento e produção de alimentos. Na província de NTT, registra-se o mais elevado índice de desnutrição entre crianças menores de cinco anos cronicamente desnutridas (46.7%) ou gravemente desnutridas (20%), em relação à média nacional, de 36,8% e 13,6%. Em 2009, cerca de 1.300 crianças estavam gravemente desnutridas e apenas 2% sobreviveram. A província dispõe de alimentos terapêuticos apenas para 10% delas.

Outro problema na província é a escassa promoção de saúde e a falta de nutricionistas preparados para trabalhar em regiões difíceis. Atualmente, há somente 286 postos de saúde comunitários na NTT. O governo lançou recentemente um programa em 11 distritos na província, que prevê a distribuição em 90 dias de 100 gramas de biscoitos nutrientes por dia a crianças mais carentes. Outro programa da OMS distribui micro-nutrientes. Na província de NTT, existem dois centros alimentares médicos para fornecer alimentos nutrientes para curar as crianças mais vulneráveis e prevenir a desnutrição aguda. Todavia, tais intervenções têm um impacto limitado porque nem todas as famílias levam seus filhos aos centros, por não considerar a desnutrição como um problema.

FONTE: Agência Fides - 20/12/2010

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