ÁSIA/NEPAL - Mais de um milhão e quinhentas mil crianças trabalhadoras, cerca de 24% são do sexo feminino


Segundo um relatório da International Labour Organization (ILO), sobre o número significativo de crianças trabalhadoras no Nepal, este ano foram registrados cerca de um milhão a menos em relação a dez anos atrás, mas as meninas trabalham em condições muito mais perigosas do que seus do sexo masculino.

Em relação a 17,5% dos meninos (688 mil), aproximadamente 24% das meninas de todo o país (911 mil) trabalhando em empregos que os qualificam como trabalhadores. As meninas têm 50% de probabilidade a mais, contra 373 mil contra 248 mil rapazes, de estarem envolvidos em trabalhos perigosos que eles seriam expostos a danos físicos e psicológicos significativos.

Segundo um comunicado do Child Workers in Nepal, ONG local que lida com os direitos das crianças, as velhas tradições favorecem a educação das crianças, vistas como futuros chefes de famílias. A ILO estima que nos 7,7 milhões de crianças entre 5 e 17 anos no Nepal, 1,6 milhões são trabalhadores. Um violento confronto de décadas entre o exército do Estado e rebeldes maoístas forçou as famílias rurais a mandar os seus filhos ao seguro em áreas urbanas, onde tiveram que trabalhar para se sustentar. Esta prática foi interrompida com o fim dos conflitos, em 2006. A queda brusca foi registrada pelo “kamlari”, proscrito em 2006, que consiste em emprestar os seus filhos, geralmente as meninas da casta Tharu, como trabalhadores com contrato para pagar uma dívida familiar. Os grupos de defesa dos direitos humanos tentaram desencorajar esta prática, oferecendo subsídios para as famílias mais pobres, e também o governo prometeu ajuda financeira. Para agravar o problema o fato de que a maioria das crianças não recebeu uma formação além da escola primária e a lassidão da lei permite que as fábricas de empregar muitos deles, embora haja uma proibição nacional.

FONTE: Agência Fides - 01/02/2011

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