ÁSIA/SÍRIA - As Nações Unidas: crianças-soldado entre os rebeldes, "sinal da tragédia em andamento", disse um jesuíta



As Nações Unidas receberam a notícia da presença de crianças-soldado nas fileiras dos rebeldes do exército sírio livre, que combate o presidente Bashar al-Assad. Foi o que disse a Representante Especial da ONU para Crianças e Conflitos Armados, Radhika Coomaraswamy, sem fornecer mais detalhes e lembrando que "as convenções internacionais proíbem o uso de soldados com idade inferior aos 16 anos".

Interpelado pela Agência Fides, pe. Paolo Dall'Oglio, jesuíta do Mosteiro de Deir Mar Musa, comenta de Damasco: "A notícia, infelizmente não me surpreende: a presença de adolescentes nos combates é um fenômeno tristemente conhecido e faz parte da tragédia que estamos vivendo. Por outro lado, ao longo de todo este terrível ano, registraram-se vários casos de crianças e adolescentes presos, torturados e mortos. A mobilização política de jovens e adolescentes irresponsáveis foi e continua a ser um elemento presente na rebelião popular. Sua militarização, ao contrário, se deve ao atual conflito civil em algumas áreas: quem pode se arma. O recurso às armas e à violência está afundando qualquer chance de diálogo e mediação, que são apoiados pela maior parte da população síria". Dall'Oglio recorda que "além de seus temores, os cristãos sírios defendem a unidade e a reconciliação do povo sírio".

Nesta fase, o Jesuíta lança um apelo: "Pedimos que a ONU faça o possível para proteger a infância síria e evitar que as crianças se armem. Pedimos às forças em campo que não armem crianças. Esperamos que uma maior responsabilidade da Onu no campo, como sugerido por Kofi Annan, signifique mais proteção para toda a juventude e a infância síria".

FONTE: Agência Fides - 27/3/2012

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