O Jubileu dos Adolescentes, realizado no último final de semana, reuniu em Roma 70 mil participantes, com idades entre os 13 e os 16 anos provenientes de todas as dioceses de Itália e também de Portugal, Espanha, França e Inglaterra.
O programa da celebração jubilar foi estruturado em quatro momentos principais: a peregrinação à Porta Santa da Basílica de São Pedro, a Festa dos Adolescentes no Estádio Olímpico de Roma, a Missa com o Papa Francisco e as Tendas da Misericórdia.
“O amor é a carteira de identidade do cristão, é o único ‘documento’ válido para sermos reconhecidos como discípulos de Jesus. Se este documento perde a validade e não for renovado, deixamos de ser testemunhas do Mestre”, disse o papa Francisco, na manhã do domingo, 24, durante a celebração da Santa Missa.
Francisco, que teve a homilia inspirada no mandamento de Jesus aos discípulos, “amai-vos uns aos outros como eu vos amei”, disse aos milhares de adolescentes presentes na praça São Pedro, que amar não é fácil. “É exigente e requer esforço, pois significa oferecer algo de nós mesmos: o próprio tempo, a própria amizade e as próprias capacidades. Não é o amor das novelas. É livre porque não possui”, falou.
Segundo o papa, ser livre não significa fazer aquilo que se quer. “Mas é o dom de poder escolher o bem: é livre quem procura aquilo que agrada a Deus”, acrescentou.
O papa pediu aos jovens para que não se contentem com a mediocridade, com a acomodação e para que não confiem em quem os distrai da verdadeira riqueza dizendo que a vida só é bela se possuir bens materiais. “A felicidade não tem preço, nem se comercializa. Não é um aplicativo que se baixa no celular. Nem a versão mais atualizada os ajudará a torná-los livres e grandes no amor”, alertou.
Ao concluir sua homilia, lembrou que para amar é preciso treinamento, assim como fazem os campões esportivos, com empenho e afinco. Sugeriu como programa diário desse treinamento as obras de misericórdia.
Confissão
No sábado, 23, o papa Francisco atendeu a confissão de 16 adolescentes. Cerca de 150 padres também atenderam os jovens vindos de diferentes lugares do mundo.
À noite, os jovens concentraram-se no Estádio Olímpico de Roma, onde participaram de momentos de oração, reflexão e testemunhos.
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