Mês Missionário Extraordinário


Em 22 de outubro de 2017, Dia Mundial das Missões, o Papa Francisco durante o ângelus anunciava publicamente para toda Igreja sua intenção de proclamar um Mês Missionário Extraordinário em outubro de 2019 para celebrar o centenário da carta Apostólica Maximum Illud de seu predecessor o Papa Bento XV. Neste mesmo dia o santo Padre enviou uma carta ao Cardeal Fernando Filoni, prefeito da Congregação para Evangelização dos Povos e presidente do comité supremo das Pontifícias Obras Missionárias (POM), encomendando “a tarefa de preparar este evento, especialmente através de ampla sensibilização das Igrejas particulares, dos Institutos de vida consagrada e Sociedades de vida apostólica, assim como, associações, movimentos, comunidades e outras realidades eclesiais”.

Para reavivar a consciência batismal do Povo de Deus em relação a missão da Igreja, o Papa Francisco escolheu para o Mês Missionário Extraordinário o tema “Batizados e enviados: a Igreja de Cristo em missão no mundo”. Despertar a consciência da missio ad gentes e retomar com novo impulso a transformação missionária da vida e da pastoral é o objetivo deste mês que está em sintonia com a solicitude pastoral do Papa Bento XV em Maximum Illud e a vitalidade missionária expressada pelo Papa Francisco na Evangelii Gaudium: “A ação missionária é o paradigma de toda obra da Igreja” (EG 15). Trata-se de “pôr a missão de Jesus no coração da Igreja, transformando-a em critério para medir a eficácia de suas estruturas, os resultados de seu trabalho, a fecundidade de seus ministros e a alegria que eles são capazes de suscitar. Porque sem alegria não se atrai ninguém” (Reunião do Comitê diretivo do CELAM, Bogotá, 7 de setembro de 2017).

O compromisso com a conversão pessoal, comunitária e pastoral a Jesus Cristo crucificado, ressuscitado e vivo em sua Igreja, renovará o ardor e paixão por testemunhar ao mundo, através da proclamação e da experiência cristã, o Evangelho da vida e da alegria pascal (Lc 24, 46-49).

Processo de preparação (de outubro de 2018 a outubro 2019)
“Podemos nos preparar convenientemente para o Mês Missionário Extraordinário (MME) já através do mês missionário de outubro de 2018, de modo que todos os fiéis tenham verdadeiramente a peito o anúncio do Evangelho e a transformação das suas comunidades em realidades missionárias e evangelizadoras; e aumente o amor pela missão, que “é uma paixão por Jesus e, simultaneamente, uma paixão pelo seu povo” (Carta do Papa Francisco ao Cardeal Filoni, 22 de outubro de 2017).

A ideia central neste processo de preparação para o MME é inserir dentro da programação ordinária e habitual das Igrejas locais, a temática e o espírito do mês missionário, visando a conversão pastoral missionária. Será uma ocasião para despertar, animar e não cansar as comunidades.

O grupo de trabalho nomeado pela presidência da CNBB pensou propostas para as Comissões Episcopais Pastorais e organismos de comunhão e participação. Assim, o projeto para o Mês Missionário Extraordinário convocado pelo papa terá grande relevância eclesial para todos os sujeitos da missão. Além das Comissões Episcopais, a proposta servirá para todos os organismos de Comunhão e Participação (CNBB, CNP, CND, CRB, CNIS, CNLB, POM, CCM, CIMI, CPO, CPT, CÁRITAS, OSIB e outros organismos).

As cartas de motivação e convocação do papa Francisco e do Cardeal Filoni para o Mês Missionário Extraordinário indicam seis dimensões:

1. Encontro: Destacar a centralidade da pessoa e missão de Jesus Cristo. A missão nasce do encontro com Jesus que dá novo horizonte a vida (Doc. Ap 29). O encontro com Jesus Cristo vivo em sua Igreja é pessoal: Eucaristia, Palavra de Deus, oração pessoal e comunitária.

2. Testemunho e vivências: Valorizar os padroeiros da missão, Santa Terezinha e São Francisco Xavier e o testemunho dos santos e santas, mártires da missão e confessores da fé, expressão das Igrejas dispersas em todo o mundo.

3. Formativa: Reflexão bíblica teológica sobre a identidade missionária de todo povo de Deus, a partir da temática do MME e da Carta Apostólica Maximum Illud do Papa Bento XV. Recuperar a proposta de itinerário formativo do discípulo missionário descrito no documento de Aparecida. Recuperar a evolução histórica do conceito da missio ad gentes e elaborar fundamentação dos conceitos de missão programática e paradigmática.

4. Caridade missionária: Atenção aos povos da Amazônia legal, com suas realidades. Promover a coleta missionária e valorizar ações concretas de compromisso com os mais pobres. Promover visitas missionárias.

5. Cooperação: Conectar o MME com o Sínodo para Amazônia; envio ad gentes como sinal de acolhimento e fortalecimento das motivações do MME; através de um aplicativo, criar banco de dados dos missionários. Dar maior visibilidade e impulsionar os projetos Igrejas irmãs e Ad Gentes e as diversas experiências missionárias, destacando o testemunho de missionários (as) que atuam dentro e fora do Brasil.

6. Celebrativa: Propostas - Abertura nacional do MME no dia 1/10/19 no santuário nacional de Aparecida e em cada Igreja Particular; valorizar o Dia Mundial Missões com a vigília que antecede no dia 19/10/19; propor aos folhetos litúrgicos a oração dos fiéis e a oração missionária; incentivar a novena e terço missionário; propor ligação com os meses temáticos (mariano, vocacional, semana da família e bíblia), valorizar a temática do MME nos retiros dos padres, dos consagrados(as) e seminaristas; inserir a temática do MME na novena dos padroeiros.

É importante ressaltar que o Mês Missionário Extraordinário está sendo pensado em todas as dimensões de atuação eclesial: Internacional; Americano, Nacional, Regional, Diocesano e Paroquial.

Internacional:
1. Carta do Papa ao Cardeal Filoni.
2. Cartas do Cardeal Filoni aos bispos, Congregações, movimentos, novas comunidades, associações de leigos/as
3. Produção de subsídio com reflexões bíblica, teológica e testemunhos missionários.
4. Sínodo para Amazônia.
5. Centenário da Carta Apostólica Maximum Illud de Bento XV

Americano:
As propostas serão discutidas em fevereiro de 2019, na reunião dos diretores das POM com os bispos referenciais da missão, dos 23 países das Américas.

Nacional:
1. Lançamento do MME no CONSEP: 17-18 de setembro de 2019.
2. Abertura do MME, no dia 01/10/19 ( dia de Santa Teresinha), no Santuário Nacional de Aparecida.
3. Formações e cursos missionários do CCM (Centro Cultural Missionário) alinhados com a temática do MME e as contribuições da Maximum Illud.
4. Encontro Nacional da Missão Ad Gentes: 31 de março – 02 de abril de 2019; no CCM.
5. Romaria ao Santuário Nacional: 20/10/19 e vigília em Aparecida, estendida a todas Igrejas particulares e santuários do Brasil (19/10/19).
6. Incentivar a coleta no Dia Mundial das Missões.
7. Promover as Pontifícias Obras Missionárias, em todos os níveis.
8. Seminário de Missiologia, no CCM, 10 a 14 de junho de 2019.
9. Dar maior visibilidade aos projetos missionários ad gentes e Igrejas Irmãs.
10. Congresso Missionário Nacional de Seminaristas: 11-14 de julho de 2019. Promovido pelas POM em comunhão com a Comissão dos Ministérios Ordenados e a OSIB.
11. Produção de materiais missionários.
12. Jornada Nacional da IAM, em maio de 2019, com a temática do MME.
13. Mensagem às comunidades de vida contemplativa monástica e de clausura.
14. Promover a oração pelas missões em todos os níveis.
15. Na 57º AG da CNBB entregar a cruz missionária e bandeira do logo do MME para todos os presidentes dos Regionais e bispos referenciais da missão.

Regional:
1. Fortalecimento dos COMIREs.
2. Tratar a temática nas Assembleias dos COMIREs.

Dioceses:
1. Abertura do MME (01/10/19), no Santuário diocesano ou catedral.
2. DNJ 2019 contemplando a temática do MME.
3. Envio de missionários, através dos projetos Ad Gentes e Igrejas Irmãs na vigília missionária.
4. Pastoral juvenil realizar atividade pública de anúncio do Evangelho.
5. Nas novenas dos santuários diocesanos contemplar a temática do MME.
6. Promover a oração pelas missões.
7. Fortalecimento e criação dos COMIDIs.

Paróquias:
1. Abertura do MME e lançamento do material da Campanha Missionária.
2. Vigília 19/10/19, visitas missionárias e coleta no Dia Mundial das Missões (20/10).
3. Promover a novena missionária e testemunhos do DVD da Campanha Missionária.
4. Oração pelas missões e intensificar as visitas missionárias.
5. Inserir na novena dos padroeiros a temática do MME.
6. Fortalecimento e criação de COMIPAs.

Logo do Mês Missionário Extraordinário
Para impulsionar a divulgação, apresentamos, com a devida explicação, a logomarca oficial do Mês Missionário Extraordinário: A logomarca mostra uma cruz missionária cujas cores tradicionais lembram os cinco continentes. A Cruz acolhe o mundo e favorece o encontro entre os povos, a comunicação entre as pessoas e com a Igreja universal, como se fosse um link, criando laços reais entre os povos.


A cruz é o instrumento e o sinal eficaz da comunhão entre Deus e os homens para a universalidade da nossa missão.

O mundo é transparente para significar que nossa ação de evangelização não tem barreiras nem fronteiras. É fruto do Espírito Santo. A Cruz abraça todos os homens e mulheres desse mundo e, graças a ela, estamos unidos, conectados e abertos à comunhão.

Nossa solidariedade é universal. De fato, o mundo transfigurado no Espírito supera as distâncias e abre o olhar da nossa mente e do nosso coração. É o amor de Jesus que não conhece limites e fronteiras.

As palavras BATIZADOS E ENVIADOS, que acompanham a imagem, indicam os dois elementos característicos e inalienáveis de todo cristão: o batismo e o anúncio. Da Cruz brota o batismo para a salvação do mundo para o qual somos enviados a anunciar o Evangelho de Jesus.

As cores da Cruz são aquelas tradicionalmente atribuídas aos cinco continentes: vermelho para a América, verde para a África, branco para a Europa, amarelo para a Ásia e azul para a Oceania. Cada cor tem um significado simbólico que torna possível a conexão entre os continentes e seus povos, na comunhão de Deus com a humanidade.

O vermelho recorda o sangue dos mártires do Continente Americano, sementes para uma nova vida na fé cristã. É a cor da paixão dos missionários que, tendo chegado a um novo país, estão interessados na salvação do povo.

O verde é a cor da vida, da natureza, da vegetação, da esperança. Simboliza crescimento, fertilidade, juventude e vitalidade. Verde é a cor que harmoniza o todo. O continente africano é chamado a essa harmonia mesmo no meio do deserto e do sofrimento.

O branco é símbolo da alegria, o começo de uma nova vida em Cristo. É o desafio para uma Europa antiga, chamada a reapropriar-se da força evangelizadora que a gerou, graças a tantas Igrejas.

O amarelo é cor da luz, que se alimenta da luz invocando a verdadeira Luz. A Ásia é o continente onde nasceu Jesus, o Filho de Deus, nosso Sol, que surge do alto.

O azul é a cor da Oceania, formada por inúmeras ilhas espalhadas pelo oceano. É a cor que mais se aproxima do invisível, recorda a vida divina, lembra o mistério e nos convida à transcendência. É a cor da água da vida que mata a sede e nos restaura ao longo do caminho.

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