"Não se pode evangelizar em teoria. A evangelização é um pouco corpo a corpo, pessoa a pessoa. Parte-se da situação, não das teorias."; o alerta do Papa Francisco se torna inspiração para toda a Igreja e hoje, de modo especial, se faz prática em um grupo da Infância e Adolescência Missionária em Porto Alegre (RS).
Na Escola Especial para Surdos Frei Pacífico, no bairro Santo Antônio, o sonho antigo se tornou real em 21 de agosto deste ano. O grupo nasceu com a motivação de ser pioneiro na Infância Missionária para surdos, mostrando que também crianças surdas podem ser missionárias, iniciando com oito crianças do Ensino Fundamental.
O assessor do grupo, Ruan Mateus de Carvalho, destaca que a iniciativa, além de inédita, se preocupa em ajudar as crianças a perceberem a realidade daqueles que mais precisam: “Primeiramente, trata-se de um trabalho totalmente novo: trazer a Metodologia, o Carisma e a Espiritualidade Missionária da IAM para uma escola de Surdos. Essa novidade atinge gradualmente as crianças a criar um espírito mais aberto às necessidades do próximo”, ressalta Ruan.
Ele aponta ainda que o grupo não traz benefícios apenas para as crianças, mas também para a escola e para a comunidade: “Esse grupo também contribui para a comunidade escolar; pois, na medida em que os alunos têm sua visão aberta à missão, o ambiente todo vai mudando. Do mesmo modo que toda a comunidade (seja religiosa ou não) é atingida por esse trabalho - crianças Surdas que se dedicam a saber o que acontece na realidade missionária e dão sua contribuição”, finaliza o assessor.
A IAM no Estado
O Rio Grande do Sul celebra a alegria pela articulação dos grupos da Infância e Adolescência Missionária nas arqui/dioceses. Atualmente, o regional concentra forças na organização da coordenação estadual, que contempla representantes das quatro Províncias Eclesiásticas. Este ano, de maneira especial, a IAM ganhou uma motivação ainda mais especial: o Mês Missionário Extraordinário, celebrado em outubro.
Ir. Celia da Costa Santos, das Irmãs Franciscanas Aparecida, é coordenadora estadual da IAM e lembra que este processo se consolidou especialmente após a primeira Assembleia Estadual, realizada em maio deste ano. “O objetivo é fortalecer a coordenação estadual e as diocesanas, a partir do tripé: formação, missão e articulação”, explica irmã Celia. A religiosa finaliza enfatizando que o grande desafio hoje na Infância e Adolescência Missionária do Estado é despertar este carisma nas dioceses e paróquias que ainda não tem a Pontifícia Obra Missionária.
Texto: Victória Holzbach
Fotos: Ruan Mateus de Carvalho
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