Carlos Augusto Maria de Forbin Janson, de uma nobre família ao sul da França, nasceu em Paris aos 03 de novembro de 1785. Em 1805, antes de completar 20 anos, foi nomeado auditor do Conselho do Estado. Era um jovem muito competente e talentoso. Poderia aspirar, legitimamente, uma linda e ambiciosa carreira pelo mundo. Mas, sem hesitar, aos 23 anos largou tudo para ingressar no Seminário. Viu-se chamado ao sacerdócio numa época em que a situação da Igreja na França era, particularmente, muito delicada. O imperador francês estava numa luta aberta com o Papa. Foi ordenado sacerdote em 1811.
Carlos de Forbin Janson sempre foi um grande pregar missionário e de retiros. No dia 24 de junho de 1824, aos 39 anos, foi nomeado bispo de Nancy e Primado de Lorena. Este foi o princípio de inúmeras dificuldades, pois teve de abandonar a diocese por questões políticas, em 1830. Em diversas ocasiões e em distintas maneiras manifestou o desejo de permanecer fiel para com a Igreja Católica Romana, colocando-se inúmeras vezes à disposição do Papa.
Carlos de Forbin Janson sempre foi um grande pregar missionário e de retiros. No dia 24 de junho de 1824, aos 39 anos, foi nomeado bispo de Nancy e Primado de Lorena. Este foi o princípio de inúmeras dificuldades, pois teve de abandonar a diocese por questões políticas, em 1830. Em diversas ocasiões e em distintas maneiras manifestou o desejo de permanecer fiel para com a Igreja Católica Romana, colocando-se inúmeras vezes à disposição do Papa.
Possuía grande ardor pela vocação missionária. Em colaboração com o Pe. de Rauzan, do clero diocesano, fundou a Missão da França e percorreu todo o país fazendo pregações missionárias, sempre com muito zelo e talento. Um artigo publicado em Marsella sobre Forbin-Janson afirma: "Zelo apostólico extraordinário, eloqüência nas pregações. Improvisações com muita facilidade e grande domínio da Sagrada Escritura... Homem de puro estilo missionário. Sua dedicação às pessoas durante as missões pela França era imensa. Tanto de dia, como de noite, sempre encontrava-se disposto a servir, desde os mais pobres até os mais afortunados, inclusive diante do rei e da família real. Sua caridade não tinha limites". Como sacerdote e bispo, sempre sentiu-se impulsionado pelos sinais dos seus tempos, inspirado por iniciativas em favor da atividade missionária da Igreja. Vivia uma espiritualidade missionária.
Por motivos políticos não pôde mais residir em Nancy. Tentou viajar para o Oriente (China), mas não conseguiu. Viajou, então, ao Canadá e aos Estados Unidos onde permaneceu pregando o Evangelho. Forbin-Janson colaborou com inúmeros bispos da França, Canadá e Estados Unidos em seus trabalhos missionários.
Muito preocupado com as crianças, encontrou-se em Lyon (1843), com Paulina Jaricot (fundadora da Obra de Propagação da Fé) que o apoiou plenamente no seu projeto de ajuda às crianças do mundo inteiro, através do lema: "criança ajuda e evangeliza criança".
O projeto cresceu e, aos 19 de maio de 1843, a primeira Direção da Obra fixou os seguintes objetivos: salvar as crianças da morte e da miséria; batizá-las e dar-lhes educação cristã; prepará-las para serem apóstolas das crianças: criança ajuda e evangeliza criança. No dia 11 de julho de 1844, um ano após a fundação desta Obra, morre Forbin Janson.
A Obra da Infância Missionária já estava organizada em 65 dioceses da França. Somente esta Obra teve o privilégio de ser fundada por um bispo e isto, em parte, talvez explique seu crescimento e expansão tão rapidamente, num espaço de tempo tão curto. O crescimento continuou não só em países da tradição católica, mas também em nações e territórios de missão. Os primeiros padres nativos de Uganda, ordenados em 1913, foram membros desta Obra, quando crianças.
Hoje a IAM está presente em todos os continentes, em mais de 130 países.
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