Aproximadamente 35 jovens e adolescentes, de várias localidades do Brasil, estão reunidos no Centro Cultural de Brasília (CCB), desde ontem, 6, ao dia 8, debatendo as mudanças climáticas em suas regiões, no encontro “Mudanças Climáticas: nossa vida está em jogo!”, promovido pela Coordenadoria Ecumênica de Serviço (CESE), em parceria com diversos organismo, incluindo o Conselho Indigenista Missionário (CIMI), organismo vinculado a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
Os participantes são membros de comunidades tradicionais, indígenas, quilombolas, sem-terra, do semi-árido, das grandes cidades, Cerrado e Amazônia, selecionados pelas próprias comunidades como “embaixadores do clima” para refletirem as alterações promovidas pelas mudanças climáticas.
“A intenção do encontro é manifestar a preocupação das crianças e adolescentes brasileiras para com os desafios trazidos pelas mudanças climáticas no Brasil e no mundo. Eles também vão cobrar dos parlamentares brasileiros, através de visitas ao Congresso, um compromisso do poder público para com estas mudanças que atingem os mais diferentes biomas, comunidades tradicionais e moradores de periferias das grandes cidades”, destacou Adriano Martins, coordenador do encontro.
Ainda segundo Adriano, todos os jovens participantes do encontro foram convidados a refletir as questões climáticas e a levar os problemas de suas regiões ao poder público. “Eles [jovens e adolescentes] estão muito preocupados com as questões ambientais e climáticas, pois as mudanças já estão ocorrendo em seus habites naturais. Há enchentes, cheias e secas dos rios, alterações nas colheitas, fazendo com que cada vez mais essas comunidades tradicionais migrem do campo para as periferias das cidades”, destacou Adriano.
As crianças e adolescentes se prepararam para o encontro com reuniões em suas comunidades e já conversaram sobre as condições sócio-ambientais de diversos biomas e realidades do Brasil.
A pauta prevê uma visita ao Congresso Nacional quando os jovens apresentarão o jogo “Mudanças Climáticas: nossa vida está em jogo” e suas propostas, reivindicações e manifestações a respeito do tema.
“É importante levantar essas dificuldades que estamos passando com relação ao clima, pois só assim haverá, por parte dos governantes, uma mobilização. Mas não estamos parados, a nossa aldeia está debatendo nas escolas, com as nossas crianças, a questão do clima. Estamos formando líderes para que no futuro tenhamos mais vozes gritando por nós”, disse o professor e índio da etnia Macuxí, da reserva Raposa Serra do Sol, em Roraima (RR), Jackson do Nascimento.
FONTE: CNBB
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