Na tarde desta quinta-feira, 16, o Centro Cultural Missionário (CCM) e as Pontifícias Obras Missionárias (POM) receberam a visita de 12 dos 15 novos bispos nomeados entre agosto de 2011 e julho deste ano para diversas dioceses do Brasil. Eles participam do 23º Encontro dos Bispos Novos que começou dia 13 e encerra-se nesta sexta-feira, 17, na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Brasília.
“Quando chego aqui alguma coisa acontece no meu coração. Esta é uma casa da Igreja no Brasil dedicada à Missão”, afirmou dom Pedro Brito Guimarães, presidente da Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB, organismo responsável pelo encontro dos novos bispos.
Presidiu a celebração dom Giovanni Crippa, missionário da Consolata italiano, nomeado bispo auxiliar da Arquidiocese de Salvador (BA). “Deus foi misericordioso com cada um de nós a partir do chamado que nos fez. Este chamado chegou de forma diferente na nossa vida”, disse dom Crippa durante a homilia. “Ele nos chamou por amor e multiplicou este amor que se tornou misericórdia em nossa vida na Missão em terras desconhecidas. Isso nos faz perceber a nossa pequenez e ao mesmo tempo a graça de Deus. Que bonito receber o chamado para sair da própria Igreja de origem para ir Ad Gentes, ao encontro de situações e pessoas diferentes”, destacou o bispo ao falar da experiência que fez no ano 2000 quando chegou da Itália e, antes de iniciar seu trabalho, frequentou o curso do CENFI, destinado a missionários que chegam ao país.
Dom Joaquim Wladimir Lopes Dias da diocese de Jundiaí, nomeado bispo auxiliar da Arquidiocese de Vitória (ES), aonde chegou no mês de março deste ano, contou como foi recebido. “A gente se coloca como aquele que serve confiando na força de Deus. Em Vitória temos mais de mil Comunidades Eclesial de Base (CEBs). É uma Igreja que celebra e evangeliza de uma maneira própria. O povo é muito generoso e me recebeu bem. Cheguei com muita alegria e o coração aberto ao novo e para colaborar naquilo que for possível”, comentou dom Joaquim.
Após um jantar de confraternização, os bispos seguiram para a sede das POM onde, além de conhecer a casa, ouviram uma breve explanação histórica das quatro obras missionárias, seus fundadores, do trabalho desenvolvido pelos secretários nacionais, das publicações, dos cursos e das campanhas destinadas a formar, animar e articular a dimensão missionária da Igreja no Brasil. Na exposição, os padres André Luiz de Negreiros e Savio Corinaldesi recordaram aos bispos o compromisso com a missão universal. “Ninguém foi ordenado somente para uma diocese. Os senhores são ordenados para o mundo inteiro como sucessores dos Apóstolos. Nós queremos apenas ajudá-los na medida do possível”, lembrou padre Savio, missionário xaveriano a serviço das POM.
O diretor nacional das POM, padre Camilo Pauletti, destacou a importância da visita e o trabalho que as obras fazem em plena sintonia com a Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Missionária e Cooperação Intereclesial da CNBB através do Conselho Missionário Nacional (COMINA), organismos missionários e a Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB). “Nesse trabalho, com simplicidade, queremos ser parceiros na formação, acompanhamento e animação. Os padres estão aqui em tempo integral. Podem contar com nosso apoio”, sublinhou padre Camilo. Além do seu diretor, as POM contam com a assessoria de quatro secretários que coordenam as atividades das obras.
Segundo dom José Ruy Gonçalves Lopes, frei capuchinho e bispo eleito para a diocese de Jequié (BA) o curso promovido pelas CNBB e a visita às sedes do CCM e das POM representa um grande aprendizado. “Esta visita alarga os horizontes porque a Igreja toda é missionária. Todos nós, batizados, somos chamados e destinados a uma missão. Representa também um compromisso da Igreja e consequentemente nosso, de favorecer e fomentar a vida missionária em nossas dioceses”, avaliou.
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