AMÉRICA/URUGUAI - Trabalho infantil e discriminação de gênero de crianças afro-uruguaias


Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística do Uruguai, 10,6% da população do país tem descendência africana. Estima-se que 13,4% delas tenham idade entre 5 e 17 anos. A maioria é constituída por crianças e adolescentes afro-descendentes, submetidos a trabalho infantil quase sempre perigoso.

Para examinar a situação atual, a "Fundación Telefónica Uruguay" realizou o estudo "Trabajo infantil en niños, niñas y adolescentes afrodescendientes en Uruguay. Descubriendo horizontes de integración", que indica, primeiramente, que 29,8% das crianças afro-descendentes de 5 a 17 anos no Uruguai são empenhadas em alguma forma de trabalho, remunerado ou não. São 27.485 menores trabalhadores.

Os pequenos na faixa de idade de 9 a 14 anos e os rapazes de 15 a 17 anos representam 80% dos que trabalham retribuídos. As mulheres dos três grupos de idade considerados representam, por sua vez, mais de 60% dos trabalhadores não retribuídos. Além do problema do trabalho infantil, emerge também no Uruguai a discriminação étnica e de gênero. Em todas as faixas de idade examinadas, as trabalhadoras são mais numerosas do que os homens. O estudo assinala também a reprodução inter-geracional da pobreza.

Com efeito, devido às precárias condições familiares ou à negligencia de adultos, ou ainda, por causa da perda da casa, muitos são obrigados a iniciar a trabalhar desde pequenos, em condições de exploração.

FONTE: Agência Fides - 30/11/2012

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