Desafios no continente


Como a Infância e Adolescência Missionária (IAM) pode ajudar as crianças e adolescentes no continente americano que são submetidos a diversas situações que comprometem seu desenvolvimento? Em primeiro lugar, sabendo quais são os desafios. Os principais problemas enfrentados pelas crianças e adolescentes são:

1) Trabalho infantil - há uma estimativa de que 14 milhões de crianças trabalham na América Latina e Caribe;

2) Pobreza - 30 milhões de crianças vivem na pobreza intensa e no que diz respeito às crianças indígenas estas taxas são mais alarmantes, chegando a 88% da população;

3) Exploração e humilhação - em atividades ilícitas como prostituição, pornografia e narcotráfico, onde as vítimas, e frequentemente os familiares ou em confabulação com eles, obrigam as crianças a realizar estas ações;

4) Envolvimento em grupos armados - uma realidade mais comum no continente africano, porém, encontramos crianças-soldados na Colômbia e México;

5) Vulnerabilidade - uma criança que trabalha está exposta aos mesmos riscos que um trabalha¬dor adulto. Não obstante, é muito mais vulnerável a situações perigosas que este;

6) Fome - no continente americano, a Bolívia, a Guatemala e o Haiti têm os piores índices em relação à falta de alimentos. Podemosclassificarde "moderada" a fome no resto da América Central, com a exceção da Costa Rica. Também é "moderada" a situação na maioria da América do Sul -já no Brasil, Uruguai, Argentina e Chile há níveis baixos de desnutrição;

7) Gravidez precoce - no caso da América Latina e do Caribe, as gravidezes precoces, que aumentam na região, demonstram uma situação de abuso e de violência sexual. O quadro configura uma ação deli-tiva que prejudica "gravemente" o desenvolvimento atual e futuro das meninas. América Latina e Caribe contam com pouco mais de 104 milhões de meninas, muitas delas sem oportunidades de desenvolvimento;

8) Crianças em situação de rua -vivem em perigo constante e estão sujeitas à exploração e à violência, ao abuso e com uma alimentação precária, sem atenção, carinho e educação, é assim que vivem meninos e meninas em situação de rua, ou seja, sem proteção nenhuma. Além disso, são crianças discriminadas e rotuladas como criminosas. A maioria que vive em situação de rua tem um passado marcado pela violência e pelo desamparo. O termo "meninos de rua" descreve três grupos diferentes de meninas e meninos: crianças que durante o dia trabalham na rua, mas ainda vivem com suas famílias; crianças que durante a semana trabalham na rua e apenas nos fins de semana voltam para as suas famílias e crianças que não têm contato algum com suas famílias.

Devemos tomar conhecimento dos Direitos das Crianças que foram aprovados por meio de uma Declaração Universal no ano de 1959, motivando cada país a acrescentar em sua legislação um olhar atencioso para esse aspecto. Aqui no Brasil, no ano de 1990 a Lei 8.069 deu vida ao ECA - Estatuto da Criança e do Adolescente, colocando o nosso país em posição de destaque entre os demais, por ser considerado uma das leis mais avançadas na defesa dos direitos das crianças e dos adolescentes.

Por meio destes canais, o que a IAM pode fazer para amenizar os sofrimentos de nossas crianças e adolescentes? Que essa pergunta possa nos motivar a prática de nosso carisma, que é a preocupação com todas as crianças e adolescentes do mundo.

Pe. André Luiz de Negreiros
Secretário Nacional da Pontifícia Obra da IAM

Veja o vídeo sobre o tema apresentado no 1º Congresso Americano da IAM:

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