Vida de São Francisco Xavier


Caros amigos, de todas as crianças do mundo, sempre amigos! Hoje, a Igreja celebra hoje a festa de São Francisco Xavier, o grande apostolo da Índia. Vejamos um pouco sobre a vida deste grande santo, o padroeiro das Missões.

A Infância de Francisco
Ao norte, entre o País Basco e os Montes Pirineus, na região da Navarra, ha um castelo muito bonito, incrustado nas rochas, o castelo dos Xavier.
Ai nasce Francisco, um menino vivo, inteligente, obediente, piedoso. Ele tinha dois irmãos, Miguel e João. Em sua infância recebeu boa formação, na qual não poderiam faltar as histórias. Seu pai lhe contava fatos históricos, os feitos dos antigos reis da Navarra, e coisas curiosas acontecidas em um convento.

Dois irmãos e muitas lutas
Em consequência das guerras locais. Os direitos e títulos da família Xavier são prejudicados. O pai de Francisco perde o cargo importante que tinha na corte, adoece e morre em 1515.  A família de Francisco está do lado da resistência ao invasor estrangeiro, mas a conquista consolida-se em 1515, quando Francisco tem oito anos.
Em Pamplona, a capital, obtêm uma vitoria contra os adversários, liderados por um moço de 30 anos chamado Inácio. Mas, em seguida, vem uma derrota atrás da outra. Depois de uma tentativa de reconquista franco-navarra em 1516, na qual os irmãos de Francisco tomam parte, a muralha, os portões e duas torres do castelo da família são destruídos, assim como o fosso que é tapado, a altura da torre de menagem reduzida para metade e as propriedades da família confiscadas. Só a residência da família dentro do castelo é poupada. Os irmãos de Francisco são encarcerados nas masmorras e condenados à morte, tendo no entanto obtido uma amnistia e sido libertados.

Na universidade
O mais jovem dos Xavier, ao contrario de seus irmãos, prefere o heroísmo silencioso dos estudos. Na capital, tira o primeiro lugar nos melhores cursos. Em 1525, Francisco vai para a Universidade de Paris! Faz com brilho os estudos de Filosofia. É ainda aqui, que aprende a dominar as línguas francesa, italiana e alemã.
É lá que vive todo o período que passa em Paris, primeiro como aluno e mais tarde como professor de filosofia do Colégio de Beauvais. Consta que terá feito grande sucesso entre os colegas por ser um rapaz muito inteligente, de espírito vivo, conversa fácil e bem constituído. Há relatos de que numa competição entre estudantes na ilha do rio Sena ter-se-á consagrado como campeão do salto em altura.
Foi nesta universidade que conheceu um aluno bem mais velho e de ideias objetivas então tudo mudou. Tratava-se de um ex-pajem do rei, aquele moço da batalha em Pamplona, o futuro santo Inácio de Loyola, fundador dos jesuítas.
Ele havia sido ferido na luta. No longo tempo de hospital, fez o que você faz agora: leu vidas de Santos. Impressionado com os heróis de Cristo, desejava levar uma vida parecida com a dos Apóstolos. Quer formar um exército espiritual para fazer as almas marcharem para a santidade. Genial, não é?

O mundo ou a alma?
De inicio, Francisco lhe recusa as exortações, entretanto os nobres ouvidos do jovem Francisco logo se cansam de escutar de Inácio esta frase de São Lucas (9, 25): De que serve ao homem ganhar todo o universo se vier a perder a sua alma?” A sentença fica girando em sua cabeça.
Com o tempo, e a intercessão de Inácio, o coração de Francisco foi cedendo ao amor de Deus. Convidado, concorda em fazer os Exercícios Espirituais.

Prontos para a missão
A essa altura, o grupo de Inácio tem nove membros, todos doutores em teologia e gigantes de alma. Fundam uma ordem religiosa chamada Companhia de Jesus, e a colocam debaixo da obediência do Papa. São os jesuítas.
Francisco e mais alguns recebem a ordenação sacerdotal. Espalham-se pelas cidades, fazendo apostolado. A renovação católica começa…

O “São Paulo do Oriente”
Francisco e mais alguns recebem a ordenação sacerdotal. Espalham-se pelas cidades, fazendo apostolado. “A renovação católica começa, e a onda protestante refluí.” Neste período, a pedido do rei de Portugal, Pe. Francisco Xavier, Pe. Paulo de Camerino e Francisco Mansilhas são escalados para pregar missões no Oriente.

Na Índia
Goa é cidade populosa, há 30 anos está em mãos dos portugueses. tem várias igrejas e uma catedral com seu bispo. É importante centro comercial.
Francisco Xavier realizou uma das missões mais árduas da Igreja Católica. Ia de aldeia em aldeia, evangelizava os nativos, batizava as crianças e os adultos. Reunia as aldeias em grupos, fundava comunidades eclesiais e deixava outro sacerdote para tocar a obra, enquanto investia em novas frentes apostólicas noutra região.
A partir de Goa – com o apoio do Vice-Rei – estende as missões pelo sul da Índia, Malaca, Ilhas Molucas. Organiza as comunidades, proíbe abusos, socorre os necessitados, separa brigas. Para defender a Religião, enfrenta a tudo e a todos!
Além disso, faz muitas orações e penitências. Não esquece de recorrer a Nossa Senhora. Com intenso fervor, reza no túmulo do Apóstolo que pregou o Evangelho na Índia: São Tomé.
Explica aos católicos e aos pagãos o Evangelho, os Dez Mandamentos, o catecismo; ensina orações, cânticos; administra os Sacramentos. Se eu fosse dividido em dez partes, todas elas precisariam atender confissões”.

O Japão
Ele agora estuda uma língua do Japão. Pois daqui há pouco irá para lá, nadando, se não tiver navio. Antes dessa aventura, chega, com mais dois japoneses, um samurai chamado Hashiro, que diz: Queremos conhecer o homem de Deus que tem o poder de perdoar os pecados”.
Convertem-se, são batizados. Ficam amigos. No Japão tornam-se guias de Xavier, que permanece lá dois anos e pouco.
Qual o seu método? Através das crianças, converte os adultos. Ele deixa lá uma robusta e florescente cristandade!
Antes de voltar à Índia, faz esse elogio do Japão: Seu povo é o melhor dos descobertos até agora!”

No caminho da China, o Céu
Conquistado o Japão, o gigante das missões quer o país dos dragões. Entretanto, nessa China lendária, o perigo é real: entrar sem autorização significa prisão e morte. Ele não se incomoda, pois é portador de uma mensagem de Fé!
Mas os meios falham. Acompanhado de apenas dois auxiliares, um indiano e um chinês, ficou na Ilha de Sancião à espera do retorno do comerciante que se comprometera a transportá-lo. Celebrava diariamente ali o Santo Sacrifício do Altar, olhando sem cessar para o continente pelo qual com tanto ardor suspirava. Mas os dias e as semanas se passaram, e em vão aguardou Francisco a volta do chinês: este infelizmente nunca retornou!
Em sua improvisada cabana, onde, desamparado dos homens e padecendo frio, fome e toda classe de privações, deveria passar os últimos dias de sua heróica existência nesta terra de exílio, adoeceu e uma febre persistente o debilitou!
Àquele taumaturgo que havia ultrapassado grandes obstáculos operando milagres portentosos, o Senhor do Céu e da Terra reservava a mais heróica e gloriosa das mortes: a exemplo de seu Mestre Divino, Francisco Xavier morreria no auge do abandono e da aparente contradição.
Mesmo vendo que seu grande desejo não ia se realizar, de nada reclama. Conforma-se com a vontade divina, e falece na paz de Deus, em 3 de dezembro de 1552. Suas derradeiras palavras foram estas frases de um cântico de glória: In te, Domine, speravi. Non confundar in aeternum. Em Vós espero, Senhor. Não me abandoneis para sempre!
Seu corpo, é levado para Malaca e depois para Goa, onde está até hoje.
A Igreja o beatificou em 1619, canonizando-o em 1622. Celebrado no dia de sua morte, como exemplo do missionário moderno, são Francisco Xavier foi, com toda justiça, proclamado pela Igreja patrono das missões, e pelo trabalho tão significativo recebeu o apelido de “São Paulo do Oriente”.

Três pequenos fatos de São Francisco Xavier
- O carangejo e a cruzinha: Viajando de Ambóino a Baranura, de barco, começa violenta tempestade. Para acalmar a fúria marítima, Pe. Francisco quer tocar nas águas seu crucifixo. No entanto, este escorrega de sua mão, e… Lamenta a perda, pois essa cruz tinha operado muitos prodígios.
Passado um dia inteiro, chegam ao destino. Na praia, Xavier e um português vêem aproximar-se um grande caranguejo.
Adivinhe o que ele traz nas garras… Vai direto a Xavier, que, comovido, se ajoelha, pega o crucifixo, beija-o com todo amor. O caranguejão dá meia volta e vai ‘pra casa’, contente por ter devolvido ao dono a cruzinha milagrosa.

- Dom das línguas, ressurreições: No navio rumo a Ambóino, passageiros e marinheiros são de raças e línguas diferentes. Falando-lhes das verdades católicas, Xavier é compreendido de todos ao mesmo tempo, como se falasse a língua materna de cada um.
Ainda na mesma região, um menino cai num poço e morre. Pe. Francisco reza, pega-o pela mão e o devolve vivo! Acontecem outras ressurreições, inclusive no Japão.

- O vulcão entra na guerra: Na ilha de Celebes (Malásia) ele obtém grande êxito. Já são 25 mil os batizados! Mas o rei espalha o terror: persegue os católicos, destrói igrejas. É necessário um castigo. Os portugueses vão atacá-lo, encorajados pelo Pe. Xavier, que se põe a rezar.
De repente, tremendas explosões! É a montanha que abre a bocarra e vomita sobre a cidade toneladas de pedras e cinzas pegando fogo.
Casas são queimadas. Quem pode, foge. Pe. Francisco e seus amigos tomam conta da cidade.

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