#GotasMissionárias: Com alegria, construiremos Teu Reino


Acredito que vocês da Infância e Adolescência Missionária já devem ter ouvido sobre o martírio da Ir. Dorothy Stang, uma missionária engajada na defesa dos pequenos no interior do Pará. Dorothy, criança em terras distantes, profetiza em nosso chão. Desejosa de que a Justiça cumpra o seu papel punindo os culpados, tomo este fato como ponto de partida do nosso diálogo. O que move mulheres e homens a dedicarem suas vidas em defesa dos menos favorecidos? Ou aos favoritos do Deus Pai-Mãe? Somos chamados e enviados à missão desde o ventre materno (cf. Jr 1, 5), alimentados pela força transformadora do Espírito Santo em nossas vidas. O desejo insaciável de ver acontecer o Reino de Deus em nosso meio, anunciando a Boa Nova e denunciando o que é contrário a ele. Esse foi o testemunho da missionária coroada com o martírio, profetiza dos nossos dias.

O chamado profético
Existem várias situações que as nossas crianças vêm enfrentando hoje em dia, atingindo em cheio seu direito de ser criança, o direito à vida. Em terras brasileiras muitos pequeninos juntos com seus pais, são agredidos quando são expulsos de um pedaço de chão onde sobrevivem, quando são forçados a viver à beira de estradas ou debaixo de viadutos nas grandes cidades, ou quando morrem de fome as crianças indígenas. É preciso da compaixão a que somos levados. É necessário devolver às nossas crianças a esperança profética que nos inunda quando as fitamos nos seus olhinhos. A esperança profética de sermos sujeitos da nossa própria história e não meros espectadores. Defendemos o Reino de liberdade, fraternidade, justiça, amor, e ele não é algo distante.

Venha a nós o Vosso Reino!
O Reino de Deus já está em nosso meio (cf. Lc 17,21) quando nos fazemos presentes em qualquer situação de injustiça, continuando a missão de Jesus, transformando-a com o nosso testemunho profético de anúncio e denúncia. Às margens do mar da Galiléia, Jesus convida os irmãos Pedro e André a deixarem suas vidas, seguindo-o para uma "pescaria" totalmente diferente (cf. Mc 1,16-18). Que resposta daríamos a Jesus nos dias de hoje? Preferimos a nossa "tranquila" vida de pescadores? Ou abraçamos o desafio de testemunharem águas mais profundas, em águas que não conhecemos? Eis o desafio...

As nossas crianças esperam a nossa intervenção de sujeitos, abrindo caminho para uma sociedade melhor que essa. Uma sociedade sem diferenças, onde todas cresçam e vivam com liberdade, cantando com alegria a construção do Reino de amor preparado por Deus Pai-Mãe. A certeza de que não estamos sozinhos nos faz caminhar.

De todas as crianças do mundo, sempre amigos!

Roseane de Araújo Silva
Missionária leiga e pedagoga da rede pública do Paraná.

Dinâmica: Disputa desigual
Material: 2 folhas de jornais velhos enroladas como bastão, 2 vendas e 2 voluntários.

- Vendar as dois voluntários, entregando um bastão de jornal para cada um. Girar os dois e pedir para que cada um acerte o outro com o jornal.
- Desamarrar um dos participantes e continuar a disputa, agora em condições desiguais.
- Os outros participantes devem observar e torcer.
-Avaliar os sentimentos diante da disputa com todo o grupo, refletindo as posturas diferentes e contrárias, tais como: solidariedade, indignação, indiferença, passividade, sentir-se co-responsável, "lavar as mãos" etc.

FONTE: Revista Missões - Abril 2005

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