O Natal na Tailândia


É difícil falar sobre “Natal” em um país onde a religião é de maioria budista, e, entre as tribos existentes na Tailândia, é a religião dos antepassados. No entanto, as pessoas sabem do Natal. Mas não no seu verdadeiro significado. Alguns cristãos já conhecem o Natal porque, quando foram evangelizados,  acostumaram-se a relacionar essa data com uma grande festa em que há muitos presentes. O significado não alcançou o coração do povo. Ficou somente no externo.

Nestes dois a três anos que temos vivido no norte da Tailândia, essa missão nova chamada “Nan”, porque assim se chama a região, conhecemos alguns povoados e aqui estamos tentando unir os poucos cristãos que existem para a catequese, de modo que possam crescer na fé que receberam e que foi negligenciada por muitos anos.

Temos observado que os cristãos não demonstram interesse nas catequeses, seja sobre o Natal seja sobre a Quaresma. Nós vamos com disposição de dormir por lá para reuni-los às tardes ou às noites.  Chega o primeiro dia e o segundo, e eles não vêm. Então, vamos aos povoados, sítios para convidá-los na esperança de que cheguem para o último dia. A presença é muito baixa, de 3 a 4 pessoas. Em outros povoados, já nos disseram que é melhor não ir, porque eles já participam da missa do dia  24 de dezembro à meia noite.


No primeiro ano, tentamos com as catequeses, como disse antes, mas, no último ano, em 2015, achamos que o melhor seria começar a “criar-lhes os personagens do Natal” e reiniciar a partir daí a catequese para que conhecessem o mistério da Salvação com a  encarnação do Filho de Deus. Imaginamos que, ao visualizar os personagens através das figuras, eles nos perguntariam quem são esses personagens; qual o papel de cada um e o que significam. Então, compramos o gesso e, com algumas pessoas, nós os confeccionamos.

Com outras pessoas, levamos os personagens já prontos e com eles era possível construir o presépio. Em alguns lugares, perguntavam-nos quem eram aqueles personagens; em outros, somente chamou a atenção a criação dos personagens . Já, em “Sonque”, que era a primeira catequese dos catecúmenos em sua jornada para o batismo, observamos um olhar não de curiosidade, mas sim de  contemplação do que eles estavam esperando por anos. No Pasuk, com o catecúmeno que logo receberia o sacramento do batismo, construímos o presépio e, então, ele seguiu o seu retiro de Natal. Essa é nossa realidade natalícia em terra de missão. Um feliz Natal a todos!

Ir. Juanita Madrigal

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