A partir de 7 de junho próximo, terá início na América Latina e Caribe a caminhada “Pegadas da Ternura” (Huellas de Ternura) a fim de conscientizar as famílias, as escolas e paróquias sobre as consequências da violência infantil.
A iniciativa é promovida pelo Departamento de Justiça e Solidariedade do Conselho Episcopal Latino-americano (CELAM) através do programa “Centralidade da Infância”.
Caminhada ecumênica
A marcha iniciará no confim entre Tijuana, no México, e San Diego, na Califórnia, “uma das mobilizações mais importantes e inéditas”, apoiada pelo CELAM, pela Caritas Latino-americana e pelas Conferências Episcopais da América Latina.
A caminhada é ecumênica, um ação social que emergiu nos últimos meses no âmbito da campanha regional “Violência zero, 100% ternura”, apresentada pela presidência do CELAM durante o encontro com o Papa Francisco, em maio de 2017.
Combater a violência infantil
Segundo os organizadores da iniciativa, “cada um de nós deve se comprometer pessoalmente contra a violência infantil”. A esse propósito, em agosto do ano passado, presidentes e secretários executivos de 22 Caritas da América Latina assinaram o “Pacto da Ternura”, comprometendo-se a impedir a violência contra as crianças, sobretudo no âmbito doméstico.
Aderiram à iniciativa a Pastoral da Criança Internacional da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o Departamento Vida, Família e Juventude do CELAM, a Associação Latino-americana de Educação Radiofônica (ALER), Semeadores da Paz e Infância Missionária da Colômbia e as Pontifícias Obras Missionárias.
“Pegadas da Ternura” percorrerá toda a América Latina e Caribe desde o confim do México com os Estados Unidos até a Patagônia.
Promover a dignidade das crianças
Ao longo do trajeto os participantes falarão com as comunidades locais sobre as várias formas de violência perpetradas contra crianças e adolescentes, e irão propor a ternura como instrumento para “promover a vida e a dignidade das crianças”.
A caminhada passará de um país a outro criando atividades de formação, mobilizações sociais, comunicativas, litúrgicas e recreativas que colocarão o bem-estar das crianças no centro das ações pastorais e das políticas públicas.
Em cada país, a manifestação fará uma etapa de quinze dias e os promotores, acompanhados por sacerdotes, religiosas, religiosos e adolescentes vítimas de violência, contarão suas experiências e falarão sobre a importância de ter uma atitude amorosa e terna com os próprios filhos, pois “a violência pode deixar em cada um deles cicatrizes físicas e psicológicas profundas”, que muitas vezes permanecem por toda a vida, fazendo pagar um preço muito alto às vítimas.
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