No último dia 16 de agosto, as comunidades que compõem a Paróquia São Guido Maria Conforti, em Hortolândia (SP), realizaram a primeira Peregrinação da Cultura Vocacional e Missionária. A palavra “peregrinação” vem do latim “peregrinatio”, que significa “viagem a terras estrangeiras” ou “estar fora do próprio país”. O termo “peregrinus” refere-se a alguém que está “longe de casa” ou “forasteiro”. No contexto espiritual, peregrinar não é apenas deslocar-se fisicamente, mas viver a experiência de caminhar em busca de algo maior, sair da própria zona de conforto, encontrar o outro e se transformar.
A peregrinação sempre esteve presente na história da humanidade como sinal de busca, encontro e transformação. Mais do que um simples deslocamento, ela expressa o desejo profundo de caminhar rumo a algo maior, tornando-se uma escola de convivência, respeito e integração, que enriquece a experiência humana e fortalece os laços comunitários. A peregrinação missionária conduz a pessoa a sair de si mesma para ir ao encontro do outro. Ela desperta para a solidariedade, a partilha e o compromisso com a construção de um mundo mais justo e fraterno.
A peregrinação da cultura vocacional e missionária é um processo integrador: é redescobrir que a vida é um itinerário em constante movimento, no qual somos chamados a aprender, partilhar e servir. “A importância não está no destino a ser alcançado, mas sobretudo no percurso que transforma o coração, renova a esperança e motiva o compromisso com a vida, com a comunidade e com o mundo.” (Pe. Jean Dieudonné, missionário xaveriano, destacou durante a homilia).
Todas as pessoas da Paróquia São Guido Maria Conforti que participaram da peregrinação gostaram do evento. Entre elas, destacamos algumas, com os seguintes nomes: Francisco de Paula testemunhou: “Foi um evento iluminado pelo Espírito Santo, que nos proporciona, como fiéis praticantes, aproximarmo-nos mais efetivamente da comunidade; comunidade essa muitas vezes isolada pelos muros da indiferença e da falta de empatia para com os irmãos.”
Maria Nazide, coordenadora da Infância Missionária, partilhou: “Viver essa peregrinação é atender ao pedido do querido e saudoso Papa Francisco, que nos chamou a ser ‘uma Igreja em saída’. Nós da IAM já entendemos que devemos avançar cada vez mais para águas mais profundas!” Terezinha Iglesias acrescentou: “A nossa primeira vocação é o chamado à vida. Deus, numa explosão de amor, nos quis participantes do seu Reino. Assim, privilegiados por este chamado de Deus, caminhamos peregrinando de volta para a nossa verdadeira morada.” E José de Jesus também testemunhou: “Nossa peregrinação foi muito importante, manifestando a nossa fé nas ruas. Foi a Igreja em saída, revelando o carisma de cada pastoral e movimento da nossa comunidade.”
Por fim, Geraldo, da Comunidade Auxiliadora, concluiu: “Foi importantíssimo para quem participou e também para as famílias que receberam com alegria as orações em suas casas. O povo acompanhou a caminhada até a chegada na Comunidade Santos Apóstolos, onde encerramos com a Santa Missa. Foram momentos de partilha da Palavra e de testemunho das vocações.” Durante a peregrinação, também passamos pelas casas dos doentes e rezamos junto às árvores, valorizando a ecologia integral e reforçando o cuidado com a criação e com os irmãos em situação de fragilidade.
FONTE: Missionários Xaverianos
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