Crianças e adolescentes assumem a missão evangelizadora


A Paróquia Santa Teresinha, em Campos (RJ), esta completando 25 anos e diante da pandemia a programação foi adaptada a realidade. Os eventos foram restritos a capacidade da matriz e com todos os protocolos sanitários. E neste tempo de medo e incertezas o exemplo de fé vem das crianças da Infância e Adolescência Missionária que continuam realizando suas atividades pela Internet. Missionários de uma igreja em saída e da cultura do cuidado e do encontro.

A Infância e Adolescência Missionária foi implantada na Paróquia Santa Teresinha em julho de 2016 e reúne crianças e adolescentes na faixa etária de 11 a 13 anos. Um desafio que foi aceito pela catequista Kátia Cristina Trindade da Silva Duarte. Com a Pandemia todos os encontros acontecem pela Internet. As 30 crianças e adolescentes participam de momentos de formação envolvendo as famílias.  Para a catequista o desafio e os frutos do trabalho missionário que promove uma igreja em saída.

“Lembro-me que no primeiro dia de encontro foi uma emoção inenarrável, pois tinha aproximadamente quase 42 adolescentes, e a maior preocupação era em fazer com que tudo saísse a contento de maneira que todos voltassem no próximo sábado e que com isso começassem a participar assiduamente. Tudo era muito novo e satisfatório, passamos a nos reunir todos os sábados até que em um determinado período sentimos a necessidade de ser uma Igreja em Saída, foi então que se deu inicio a nossa missão de sair da nossa zona de conforto e começar a conhecer a realidade de nosso território paroquial, daí por diante começamos a sair em missão”, relata.


Vencendo os desafios
Kátia recorda que quando começaram o cuidado e a preocupação do planejamento para reunir os adolescentes por irem para as ruas nesta missão de evangelizar e a responsabilidade com todos, mas os desafios foram sendo superados e hoje é tempo de perceber que este projeto cresceu e continua atraindo crianças e adolescentes e esta missão atinge familiares.

“Graças a Deus e muita intercessão de Santa Teresinha e São Francisco Xavier a nossa missão começou com o pé direito e foi muito satisfatória a visita que fizemos, nós tínhamos e temos até um foco muito importante que é o de não permitir que nenhum de nossos adolescentes se perdessem. Quando sentíamos a falta de uma de nossas crianças logo entravamos em contato com um dos responsáveis e agendávamos uma visita, e lá ia aquele grupão pelas ruas de nosso bairro para tentar trazer nosso amigo ou amiga de volta. Tínhamos a grande missão de levar aos nossos filhos (Adolescentes da IAM) a importância de terem feito a Primeira comunhão e continuar perseverando na vida de nossa Igreja”, destaca.

Os encontros acontecem aos sábados e obedecem a programação.  Na primeira semana, formação. Na segunda realidade paroquial, terceira espiritualidade e na quarta a celebração da missão e o planejamento do próximo encontro. E neste momento os momentos estão no formato on line, mas continuam acontecendo toda a programação.

“Com essa nova situação tentamos nos organizar e sempre trazer novidades para eles, mas não deixamos de nos encontrar. Este ano sobre tudo está sendo um ano diferente em todos os sentidos, pois a nossa Paróquia Santa Teresinha vive o Jubileu de Prata onde comemoramos nossos 25 anos de Paróquia e 50 anos de história, para tanto com muitas coisas acontecendo, distanciamento social, isolamento social e muitas outras situações nós permanecemos firme esperando em Deus a hora de voltarmos a estar todos juntos como muita alegria e amor”, conta Kátia.


A missão que desafia, mas acontece como experiência de fé
Kátia confessa que o convite para iniciar a Infância e Adolescência Missionária parecia um desafio, mas aceitou e com a fé e aproveitando para se inspirar em Santa Teresinha decidiu aceitar. Já exercia a missão de ser catequista e era um momento que se lançou a um novo projeto que exigia dedicação e oração.

“Ter sido convidada a coordenar este grupo foi um grande desafio, pois tudo que é novo tende a assustar. Quando fui escolhida, digo escolhida pois na paróquia havia outra tantas catequistas que poderiam desempenhar o papel com maestria nessa missão, para mim foi ,muito marcante pois eu já trabalhava na Igreja com a Catequese e naquele momento tomei o conhecimento que iria trabalhar com uma galerinha muito especial. Enquanto todos falavam que trabalhar com adolescentes era muito complicado, que eles não respeitam ninguém, chegando até mesmo os tratando como o famoso estigma de carregarem a denominação de 'aborrecentes'. Mas com o convite desafiador eu me coloquei aos pés de Jesus e entreguei esta nossa missão e que Ele iria com certeza está sempre ao meu lado, fui até a imagem de minha padroeira a armadíssima Santa Teresinha, a qual com o tempo descobri que ela é a padroeira da nossa caminhada, a felicidade foi tamanha pois me senti ainda mais abraçada. Levantei a cabeça sempre em oração fui em frente e hoje a vida só me trouxe alegrias”, relata Kátia.


A devoção a Santa Teresinha exemplo de missionária
A Padroeira da Paróquia, Santa Teresinha inspira as crianças e adolescentes. Thiago Lucas, 13 anos, alem da devoção tem uma história pessoal com a santa. Nasceu do dia de sua festa e todo o ano participa da Santa Missa para agradecer pelo dom de sua vida.  Em família Thiago Lucas é um adolescente que coloca no cotidiano o que vive na sua comunidade paroquial. Obediente a mãe e avós ajuda em algumas atividades domesticas e encontra tempo para jogar bola com o avô. Exemplo para os adolescentes de sua faixa etária.

Missão assumida por crianças e adolescentes que imitam Santa Teresinha, a Padroeira das Missões. Maria Natalia, 12 anos relata que após a Primeira Comunhão passou a participar da Infância e Adolescência Missionária e se sente mais perto de Deus e com alegria de levar a Palavra de Deus as crianças e adolescentes que não conhecem e precisam sentir amadas pelo Deus misericordioso e acolhidos em sua igreja.

“Antes da Pandemia eram realizadas visitas as casas dessas crianças para resgatá-las e que possam sentir amadas e acolhidas. Porem, hoje, devido a Pandemia estamos realizando nossos encontros virtualmente, mas com a mesma finalidade de espalhar o Evangelho de Jesus e levá-lo as crianças e adolescentes. Devemos lembrar que a Padroeira das Missões atingiu o mundo sem ter saído do Carmelo, sem usar a Internet como no nosso tempo e perseverou no amor a Jesus, na oração, na oração a Nossa Senhora. Com Santa Teresinha eu aprendi que as dificuldades desse tempo não podem impedir que eu continue na missão de servir a Jesus e trazer as crianças para perto dele”, relata Maria Natália.


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