ÁSIA/BANGLADESH - Não ao matrimônio de menores e violência contra crianças


Duas meninas a cada três em Bangladesh se casam antes de completar 18 anos, muitas na faixa de 12 anos. Além do trabalho infantil, as meninas bengalesas enfrentam essa outra dura realidade, sobretudo nas camadas mais pobres do país. Não obstante o Estado proíba expressamente, existem muitos procedimentos para fugir ao controle.

A maior parte dos casamentos de menores se realizam com ritos religiosos, como islâmico e hinduísta. Socialmente se trata de uma prática muito comum, ligada coma a pobreza e com o papel dos sexos bem definidos que considera as meninas um peso para a família, visto que tomar conta da casa não é considerado um trabalho, enquanto os meninos são considerados um investimento para o futuro porque levam para casa um salario. É óbvio que este fenômeno existirá enquanto não melhorar as condições econômicas da população e aumentar a assistência e a qualidade da educação. Até agira 85% dos habitantes de Bangladesh vivem com menos de 2 dólares por dia e somente 55% das crianças que iniciam os estudos conseguem termina-los.

Por ocasião do Dia da Criança celebrado recentemente, muitas organizações internacionais se reuniram para dizer "Não ao matrimônio precoce e violência contra a crianças". Durante o evento, cerca de 350 meninos e meninas marcharam com seus pais, professores e membros da sociedade civil, fazendo ecoar suas vozes para denunciar as consequências do matrimônio e do trabalho infantil, além da violência contra as crianças, na escola e em casa.

FONTE: Agência Fides - 19/12/2011

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