Igreja evidencia sua vocação missionária no Congresso



O 3º Congresso Missionário Nacional (CMN) encerrou suas atividades neste domingo, 15, com as conclusões dos trabalhos realizados nos quatro mutirões: infância, Adolescência e Juventude Missionária(IAJM), Leigos e Leigas, ministros ordenados e Vida Religiosa Consagrada.

Levar em conta o contexto secularizado no qual as crianças, adolescentes e jovens missionários estão inseridos, um mundo que exige personalidades fortes para um testemunho profético, comunidades fraternas e comprometidas e muita criatividade e ousadia; maior dedicação na formação dos assessores; trabalho em conjunto com as famílias e uso extensivo das redes sociais, foram pontos acentuados pela IAJM.

Lembraram ainda que a infância e a juventude missionária não são um movimento nem um grupo paralelo na Igreja local, mas Obra Pontifícia, portanto sua missão fundamental é cooperar para que o futuro que há na Igreja se abra para a missão ad gentes como sua essência.

O mutirão do laicato ressaltou a maior inserção dos leigos no campo missionário, a formação teológica disponível e uma maior igualdade entre a ação dos leigos e dos ministros ordenados, mas falta ainda a compreensão da  missão do Conselho Indigenista Missionário, maior conhecimento dos documentos da Igreja e a falta de pastorais de fronteira. Os Leigos sintetizaram o seu  ser missionário com a  frase de Dom Pedro Casaldáliga: “O evangelizador que não for capaz de permanecer meia hora de silêncio diante do Senhor, neste dia não deveria abrir a boca para pregar nada, pois correria o risco de anunciar a si mesmo e não o Senhor do Reino”.

Comungar é tornar-se um perigo, viemos para incomodar, com a fé e união nossos passos um dia vão chegar”. Com este canto os religiosos e religiosas expressaram aos congressistas o seu jeito peculiar de fazer missão. Reafirmaram a sua vocação missionária de ser presença profética e samaritana em meio ao povo. As estatísticas da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) indicam que há 291 padres religiosos, 61 religiosos e 1522 religiosas brasileiros em missão ad gentes, o que mostra a grande força missionária deste grupo, que também é chamado a estar entre os pobres e marginalizados.

Os ministros ordenados expuseram suas conclusões  e realçaram o  ardor missionário, a missão como fonte de espiritualidade, a capacidade de estar com o povo, o encontro pessoal com Jesus Cristo, a vivência do despojamento e a valorização dos leigos e das Comunidades Eclesiais de Base, como pontos positivos do seu ser missionário, mas não negaram que na vida missionária  a concentração do poder, a formação insuficiente dos seminaristas na dimensão missionária e o fechamento de vários setores da Igreja para a missão, dificultam  o caminho.

João Paulo Veloso e Rosinha Martins
Assessoria de Comunicação do 3º CMN

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