Esta terceira semana do mês de agosto é dedicada aos leigos consagrados. A vida consagrada é um dom do Pai, por meio do Espírito, à sua Igreja. Ela se expressa na vida monástica, ordem das virgens, eremitas, viúvas, vida contemplativa, vida religiosa apostólica, institutos seculares e sociedades de vida apostólica. A vida consagrada é chamada a ser especialista em comunhão, no interior tanto da Igreja quanto da sociedade. A vida e a missão dos consagrados devem estar inseridas na Igreja particular e em comunhão com o bispo.
Leia abaixo o artigo “Consagrados e consagradas: testemunhas da Boa Nova do Reino” da Comissão Episcopal para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB.
Quem são as irmãs e irmãos de vida consagrada? As congregações, institutos, sociedades de vida apostólica e novas formas de vida consagrada constituem o Corpo místico de Cristo; por sua natureza definitiva, incondicionada e apaixonada de total adesão a Deus.
Os consagrados e consagradas testemunham o fascínio da amizade com Jesus e a alegria que brota do amor por Ele. Na contemplação e na atividade, na solidão e na fraternidade, no serviço aos pobres e aos últimos, no acompanhamento pessoal e nos areópagos modernos, estão prontos para proclamar e testemunhar que Deus é amor, e como é agradável amá-lo. Fazem isso porque ouvem as palavras de Jesus, como Maria (cf. Lc 10,39).
Os votos, ou conselhos evangélicos, de castidade, pobreza e obediência, são sinais visíveis de uma realidade futura, mas já presente e real em nosso meio. Não é um sonho impossível, mas uma das expressões do Reino de Deus na história. O carisma da vida consagrada é um dom para a Igreja e um sinal para o mundo. Não é fuga de uma realidade, mas compromisso com o mundo. Enfatiza o contraste entre os valores do Evangelho com o valor materialista da sociedade.
Ao renunciarem tudo para seguir Cristo, os consagrados e consagradas dão o que possuem de mais precioso, enfrentando qualquer sacrifício, para seguir os passos do Mestre e se tornam sinal de contradição, pelo simples modo de pensar e viver muitas vezes em contraste com a lógica do mundo veiculada, principalmente, nos meios de comunicação social.
Os consagrados e as consagradas não se distinguem por sua ação, mas pela existência vivida na radicalidade dos conselhos evangélicos; por conviverem em fraternidade com pessoas diferentes – idade, nação, personalidade. Eles criam novo jeito de estar no meio do povo, adotam uma postura de compaixão, paciência, presença, modéstia, flexibilidade, misericórdia e criatividade. Amam os pobres, não por serem pobres, mas por serem pessoas humanas, “preferidas do Pai”, mas excluídas na sociedade. Vivendo assim, na gratuidade do amor, testemunham que Deus chama todos os cristãos e cristãs a uma vida profética e missionária, fazendo novas todas as relações, fazendo novas todas as coisas, a exemplo de Deus que diz: “Eis que faço novas todas as coisas!” (Ap 21,5).
Comissão Episcopal para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil
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