#GotasMissionárias: A liberdade haverá! A igualdade haverá!


Saudamos a todos com os votos de um ano realmente abençoado. É nesse espírito que iniciamos o ano em nosso blog da Garotada Missionária e certamente teremos desafios a enfrentar, na expectativa da formação dos nossos pequenos e do seu bem-estar. Um dos desafios que temos é a dificuldade da não aceitação das diferenças do outro, de um modo geral. O "incômodo" aparecerá como a pessoa do outro, daquele "diferente".

Para ilustrar esse desafio, inicio nossa reflexão recordando um episódio marcante. Há 50 anos, em um bairro de Johannesburgo, África do Sul, cerca de 20 mil negros protestavam pacificamente, contra uma lei que os obrigava a portar cartões de identificação, informando ainda os locais por onde eles poderiam passar. Eles foram recebidos com violência pela polícia e o resultado foram muitos mortos e feridos. Isto ocorreu no dia 21 de março de 1960 e em memória desse massacre ocorrido no bairro de Shaperville, a Organização das Nações Unidas - ONU instituiu essa data como Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial, celebrado mundialmente desde 1970 com o objetivo de unir esforços no sentido de eliminar todas as formas de discriminação racial.

No tempo de Jesus, havia situações semelhantes e os discriminados eram os estrangeiros (ou seus descendentes), as mulheres - sobretudo as viúvas, os doentes, ou seja, aqueles que não se destacavam socialmente (ou sem importância alguma). Neste caso haviam os grupos que se sobressaiam entre os demais, pela posição que ocupavam na sociedade ou por meio da religião.

Jesus demonstrou desde o princípio não fazer distinção entre as pessoas, mesmo sendo criticado por isso, porque fazia a vontade do Pai e não a sua própria (cf. Jo 6, 35-40). Na Infância e Adolescência Missionária aprendemos que somos filhos, criados e amados por Deus, não fazemos distinção de pessoas, partilhando a alegria de ser criança e adolescente missionários. É Jesus quem nos chama! Somos parte da sociedade, mas como amigos de Jesus "reconhecemos o que é bom da vida e da cultura dos povos, respeitando-os e valorizando-os" (7º Compromisso da IAM). Essa certeza nos faz caminhar e acreditar que um dia haverá de ser diferente! Essa atitude começa primeiro comigo!

De todas as crianças do mundo, sempre amigos!

Roseane de Araújo Silva
Missionária leiga e pedagoga da Rede Pública do Paraná.

SUGESTÕES PARA O GRUPO
Acolhida (preparar o ambiente com os símbolos missionários, as cores dos continentes, a Bíblia e imagens de crianças africanas em destaque).
Motivação (objetivo): refletir sobre como superar o preconceito e a discriminação.
Oração espontânea pelas crianças e adolescentes discriminados e também pelos pequenos que vivem nos 54 países africanos.
Partilha dos compromissos semanais.

Leitura da Palavra de Deus (sugestões para os 4 encontros):
Realidade Missionária: Gênesis 1, 26-27
Deus criou o homem e a mulher à sua imagem e semelhança, para mostrar que apesar das nossas diferenças somos os seus filhos e filhas. As diferenças entre as pessoas, não as torna nem superiores e nem inferiores às outras. E você? O que acha da discriminação entre as pessoas? Você já presenciou atitudes discriminatórias?
Espiritualidade Missionária: Mateus 25, 31-40
O evangelista Mateus nos questiona sobre o nosso compromisso como amigos de Jesus e as nossas atitudes com o outro. Onde encontramos Jesus? No próximo, porque Ele se identifica com os pobres e marginalizados. Rezemos a Mãe Maria pedindo forças para fazer o que Jesus espera de nós.
Compromisso missionário: João 15, 12-17
Jesus nos convida a uma atitude nova: amar a todos, sem discriminação. A missão que recebemos, deve refletir esse amor e a partilha da tarefa comum, que é testemunhar o amor de Deus para todas as pessoas. Ao refletir o preconceito e a discriminação, faremos uma pesquisa sobre os tipos de discriminação que conhecemos. No próximo encontro, será organizado o mural da comunidade ou paróquia. Nosso sacrifício desse mês será pelas crianças órfãs do continente africano.
Vida de Grupo: João 4, 7-11
Na primeira carta de São João, ele nos recorda que o centro da vida é a prática do amor. O amor ao próximo e a todas as pessoas, independente de quaisquer fatores. Quando não existe o amor, não há respeito e harmonia entre as pessoas. O preconceito e a discriminação são exemplos concretos disso. Montaremos para a celebração da IAM um mural sobre os tipos de discriminação e preconceito que conhecemos hoje em dia, apontando também as soluções (fazer desenho livre ou colagem de revistas).

Momento de agradecimento (fazer preces espontâneas a partir do tema).
Canto e despedida.

FONTE: Revista Missões - Jan/Fev 2011

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